“Só comia alface e cenoura”, diz mulher que desenvolveu anorexia na pandemia
Inglesa consumia menos de 600 calorias por dia, e smart watch chegava a apitar 12 vezes por noite para alertá-la sobre frequência cardíaca
atualizado
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Com o estresse da pandemia e do lockdown, aumentaram os casos de problemas de saúde mental e transtornos alimentares. Nervosa com o coronavírus e a falta de perspectivas decorrentes da pandemia, a britânica Charlotte Foster, 21 anos, começou a emagrecer.
Ela controlava tudo o que comia nos mínimos detalhes, e a dieta diária consistia apenas de folhas de alface, cenouras e Coca Zero, não passando de 600 calorias por dia.
Charlotte chegou a pesar 39 quilos, e sua frequência cardíaca em repouso era de 40 batimentos por minuto — em uma pessoa saudável, o número deve ficar entre 60 e 90. Ela chegou a receber 12 alertas do Apple Watch por noite, quando o coração dela batia ainda menos, chegando a 32. Antes do lockdown, Charlotte pesava 53 quilos.
A britânica fazia exercícios em casa todos os dias, e quando as academias abriram, aproveitava para fazer treinos de cardio toda vez que podia. “Cheguei a um ponto que estava decidindo entre uma Coca Diet e um energético. Aquele que tivesse uma caloria a mais, não tomaria”, conta.
“Preferia morrer a engordar”
Em outubro de 2020, sem conseguir sair da cama e após a insistência da família e dos amigos, Charlotte foi hospitalizada. Em entrevista ao Daily Mail, ela lembra que “preferia morrer a engordar”.
A mulher conta que teve vergonha quando chegou ao hospital, mas foi encaminhada para tratamento com uma equipe especializada em transtornos alimentares. Ela foi medicada e acompanhada por nutricionistas e psiquiatras para aumentar o peso.
Há um mês, ela recebeu alta. “Demorei 10 meses para perceber que engordar um pouco não é o fim do mundo. Agora me permito ser saudável. Escolhi melhorar e, por causa disso, todos os aspectos da minha vida melhoraram também”, explica.