hMPV: saiba quais são os sintomas do vírus que se espalha na China
A maioria dos novos casos de metapneumovírus humano (hMPV) tem se concentrado em crianças de até 14 anos. Conheça os sintomas
atualizado
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Relatos de hospitais chineses cheios de pessoas com sintomas gripais colocaram autoridades de todo o mundo em alerta. Os pacientes são, principalmente, crianças com menos de 14 anos infectadas com o metapneumovírus humano (hMPV).
O hMPV é um vírus respiratório comum, bem conhecido pelos médicos, com maior circulação durante o inverno. Ele pertencente à família pneumoviridae – que inclui também o vírus sincicial respiratório (VSR).
O vírus foi identificado pela primeira vez em 2001, na Holanda. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 2004. “A população brasileira tem nível considerável de memória imunológica devido às exposições prévias, principalmente constituída de linfócitos T, o que é um fator de proteção contra o desenvolvimento de doenças graves”, afirma o virologista Eurico Arruda, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Sintomas do hMPV
O metapneumovírus humano geralmente causa quadros respiratórios, com sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, que desaparecem após cerca de cinco dias. Eles podem incluir:
- Tosse;
- Coriza;
- Congestão nasal;
- Dor de garganta;
- Chiado no peito.
- Febre.
De acordo com o médico Marcelo Otsuka, coordenador do comitê de infectologia pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as crianças tendem a evoluir para um quadro de bronquiolite.
“Ele se assemelha às manifestações clínicas do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças”, afirma. Em casos mais graves, os pacientes podem ter pneumonias virais, que muitas vezes se confundem com as bacterianas.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para pessoas com metapneumovírus humano. Na confirmação do quadro, o paciente recebe medicamentos para amenizar os sintomas.
“O metapneumovírus humano é um daqueles vírus que não têm tratamento. O que a gente faz é suporte com hidratação do paciente, oxigênio, inalação e fisioterapia quando precisa”, explica Otsuka.
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