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Sintomas do Alzheimer vão muito além da perda de memória. Confira

Pesquisas indicam que sinais da doença degenerativa podem ser percebidos em mudanças de comportamento no cotidiano

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Cérebro quebra-cabeça
1 de 1 Cérebro quebra-cabeça - Foto: Getty Images

O Alzheimer é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, começa a ser notada a partir da perda de memória. Os pesquisadores, entretanto, têm descoberto possíveis sinais precoces da condição. Mudanças de comportamento, como falar palavrão e perder o filtro nas conversas, costumam anteceder o estágio mais avançado da doença.

O Ministério da Saúde estima que existam cerca de 1,2 milhão de casos de Alzheimer no Brasil, sendo que a maior parte deles ainda não está diagnosticada. A ocorrência da doença tem se tornado mais frequente à medida que a população envelhece.

Veja seis indicadores que, segundo pesquisas, podem ajudar no diagnóstico de Alzheimer:

Dar dinheiro a estranhos

Cientistas da University of Southern California (USC), nos Estados Unidos, e da Bar-Ilan University, em Israel, apontam que o altruísmo pode indicar o início da doença.

A pesquisa contou com a participação de 67 idosos e cada um foi colocado em contato com um desconhecido durante o experimento. O participante foi convidado a escolher como distribuir 10 dólares: gastando consigo mesmo ou dividindo com um estranho.

Os pesquisadores descobriram que os idosos mais inclinados a dar dinheiro a desconhecidos apresentavam pior estado cognitivo, sugerindo que eles tinham mais chances de terem a doença.

O coordenador da pesquisa, Duke Han, afirmou ao jornal britânico Daily Mail: “Ter dificuldade em lidar com o dinheiro é supostamente um dos sinais precoces do Alzheimer, e essa descoberta dá mais respaldo à hipótese.”

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Vestir-se desajeitadamente

Pessoas com Alzheimer podem ter dificuldades para escolher como se vestir de maneira apropriada, seja em relação à combinação das peças ou às condições climáticas. Pesquisas realizadas nas universidades de Kent e de York, na Inglaterra, mostraram que pessoas com demência apresentam muita dificuldade para se vestirem sozinhas.

O estudo foi feito com 32 pessoas com demência de três asilos e outras 15 que moravam em suas próprias casas. Cuidadores, funcionários dos asilos e familiares foram entrevistados e tiveram que dar opinião sobre como os portadores da doença se vestiam. A filha de um dos pacientes descreveu aos cientistas que foi devastador ver como o pai passou a se vestir quando começou a desenvolver o Alzheimer.

As mudanças na maneira de se vestir podem ser causadas por uma série de efeitos do Alzheimer, desde esquecer quais roupas pertencem a si mesmo até o enrijecimento dos músculos, que dificultam a troca de roupas.

Dirigir mal

Quem começa a desenvolver Alzheimer também passa a ter dificuldades para dirigir, uma vez que a condição começa a afetar as habilidades motoras e de raciocínio. A doença desacelera as reações e torna o ato de estacionar um dos maiores desafios, levando a uma situação de muito estresse e agitação.

Uma pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estudou os hábitos de direção de 139 pessoas durante um ano. Cerca de metade tinha diagnóstico precoce de Alzheimer, enquanto a outra não tinha a doença. Os cientistas notaram que as pessoas com Alzheimer eram mais suscetíveis a fazer mudanças abruptas na direção e a dirigirem mais devagar.

Xingar bastante

Outro sinal do Alzheimer é que a pessoa passa a falar muitos palavrões, especialmente em situações inadequadas, como na frente de crianças. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que 18% das pessoas com demência usaram palavrões quando foram instruídas a citar palavras que começassem com determinadas letras do alfabeto. Nenhum dos pacientes saudáveis mencionou essas palavras.

Não ter filtro

Assim como o uso indevido de palavrões, pacientes com Alzheimer passam a ter menos filtro quando vão falar. Conforme a doença se desenvolve, os pacientes passam a ficar mais grosseiros, a falar palavras inapropriadas e a se dirigir a estranhos com maior frequência do que anteriormente.

Especialistas dizem que os pacientes também podem perder as inibições sexuais, passando a tirar as roupas ou a se tocar de maneira indevida em público. Os cientistas acreditam que essa mudança é causada pela diminuição no córtex pré-frontal e no lobo frontal do cérebro, a parte responsável pelo controle das atitudes. (Com informações do Daily Mail)

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