Ovo também pode provocar alergia. Saiba principais sintomas
Médica explica que a alergia ao ovo pode ser fatal e precisa ser identificada, já que alimento está presente na preparação de vários pratos
atualizado
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As alergias alimentares são reações que o corpo sofre ao entrar em contato com uma substância ameaçadora ao organismo. Geralmente, elas se desenvolvem pelo mau funcionamento do sistema imunológico, que interpreta incorretamente uma proteína alimentar como perigosa. Entre os principais alérgenos está o ovo.
Segundo a alergista Renata Cocco, membro do departamento científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o ovo é um dos alérgenos mais comuns, assim como o leite, e capaz de provocar danos sérios à saúde.
“O ovo é um alimento presente na preparação de diversos pratos e, inclusive, na composição de algumas vacinas, o que traz limitações ao alérgico, que pode até morrer por reações generalizadas. A introdução precoce de ovos, especialmente na forma cozida, ao invés de mexida, é uma medida recomendada para reduzir consequências — a proteína mais quebrada pode diminuir a resposta do sistema imunológico”, afirma Renata.
Sintomas de alergia ao ovo
Os sintomas das alergias variam conforme o alimento afeta a pessoa. Alguns dos sinais são:
- Erupções cutâneas;
- Vermelhidão;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Falta de ar;
- Coceira na boca;
- Coriza;
- Tontura;
- Desmaio;
- Dor abdominal.
“Reações mais graves podem ocorrer mesmo em formas processadas de ovo, como em bolos. Pode haver erupção cutânea em todo o corpo, inchaço da garganta e estreitamento das vias aéreas, dificultando a respiração — a reação anafilática pode ser fatal”, alerta Renata.
Tratamento
A imunoterapia por diferentes vias de administração e os imunobiológicos são opções promissoras de tratamento contra alergias alimentares.
“A dessensibilização oral causada por esses medicamentos não leva à cura da alergia, mas pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente, especialmente daqueles que reagem a quantidades muito pequenas dos alimentos. Existem várias linhas de pesquisa em andamento, envolvendo novas abordagens terapêuticas, que devem nos trazer soluções mais seguras”, afirma Renata.
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