Doença de Crohn: quais são os sintomas da doença de Evaristo Costa
Há quatro anos, Evaristo foi diagnosticado com a doença de Crohn, inflamação crônica que afeta o aparelho digestivo
atualizado
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O apresentador Evaristo Costa causou surpresa e comoção ao desabafar sobre sua condição de saúde. Em entrevista ao PodCringe, ele contou que se sente “definhando”, que chegou a perder 22 quilos em um período de três semanas e disse que, durante as crises, chega a ir ao banheiro cerca de 40 vezes por dia.
Há quatro anos, Evaristo foi a diagnosticado com a doença de Crohn, inflamação crônica que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal.
O risco de desenvolver a doença é igual para homens e mulheres. Ela se manifesta com mais frequência antes dos 30 anos, embora não seja raro que pacientes com mais de 60 anos sejam diagnosticados com a condição.
“A causa da doença ainda não está bem estabelecida, mas pode ter relação com imunidade, fatores ambientais, infecciosos e genéticos”, afirmou o coloproctologista Luiz Bertoncello, do Vera Cruz Hospital, de Campinas (SP), em entrevista anterior ao Metrópoles.
Sintomas da doença de Crohn:
Os sintomas da doença de Crohn podem variar de leve à grave. Habitualmente, os pacientes apresentam:
- Diarreia intensa e persistente;
- Cólica abdominal;
- Febre;
- Presença de sangue nas fezes;
- Perda de peso;
- Anemia e desnutrição, em especial por problemas de absorção de determinados nutrientes;
- Cansaço generalizado;
- Náusea e perda de apetite;
- Lesões oculares, de pele e musculoesqueléticas;
- Dor e formação de abcessos no intestino;
- Obstrução do cólon;
- Cálculo renal;
- Artrite.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença de Crohn é fechado por meio de exames de imagem (raio X, endoscopias) e de sangue. A investigação costuma partir das queixas do paciente.
Os medicamentos disponíveis reduzem a inflamação e controlam os sintomas, mas não curam a doença. Os mais adotados são imunossupressores e terapias biológicas. O paciente tende a ter ciclos de piora e melhora da condição.
Embora não exista uma cura definitiva para a doença de Chron, cuidar da condição é fundamental para que o paciente tenha uma qualidade de vida satisfatória e evite a progressão para quadros mais sérios.
Quando os casos são graves, e verificam-se abcessos (feridas com pus) no aparelho digestivo, é necessário drená-los. De acordo com o quadro do paciente, também podem ser necessários cirurgias para retirar partes do intestino com fístulas ou obstruções.
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