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Cientistas descobrem novo sintoma precoce do Alzheimer

Estudo internacional sintoma do Alzheimer que aparece cerca de 2 anos antes dos pacientes apresentarem problemas de memória

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Homem dirigindo forçando a vista - Metrópoles
1 de 1 Homem dirigindo forçando a vista - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo feito na Universidade da Califórnia, nos EUA, mostra evidências de que os pacientes com um subtipo menos comum de Alzheimer podem apresentar os primeiros sinais da doença até dois anos de demonstrarem problemas de memória.

Ao avaliar 1.092 pacientes de 16 países diagnosticados com atrofia cortical posterior (ACP), um subtipo do Alzheimer, os cientistas descobriram que a síndrome começa a afetar os pacientes, em média, aos 59 anos, com problemas de visão.

A descoberta foi publicada na segunda-feira (22/1), na revista The Lancet Neurology. Este é o primeiro estudo internacional em grande escala sobre a ACP.

Sintoma precoce de Alzheimer

A atrofia cortical posterior (ACP) é uma doença neurodegenerativa progressiva que envolve o processamento visual. Ela é considerada um subtipo raro do Alzheimer.

Os sintomas começam com problemas de visão até dois anos antes das falhas de memória. Os indivíduos apresentam dificuldade para ler e dirigir, para avaliar as distâncias e distinguir entre objetos em movimento e parados.

Ao avaliar os pacientes com a condição, os pesquisadores observaram que os sintomas visuais da ACP começam a afetar os pacientes por volta dos 59 anos, cerca de seis anos antes da maioria dos pacientes com a forma mais comum de Alzheimer.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Eles estimam que 10% de todos os casos de Alzheimer sejam de ACP, sendo que as mulheres são maioria no grupo.

Tratamento aumenta qualidade de vida

Com o resultado, os cientistas esperam que a conscientização sobre a ACP aumente, levando os médicos a investigarem mais a fundo os casos de pacientes com problemas oftalmológicos.

“Precisamos de mais conscientização sobre a ACP para que ela possa ser sinalizada pelos médicos. A maioria dos pacientes consulta o oftalmologista quando começa a apresentar sintomas visuais. Precisamos de melhores ferramentas em ambientes clínicos para identificar esses pacientes precocemente e tratá-los”, afirma a pesquisadora Marianne Chapleau, coautora do artigo.

Não existe cura para a ACP, mas os pacientes podem amenizar o desconforto dos sintomas com mudanças no estilo de vida – como ler livros com letras maiores e aumentar a iluminação da casa –, além de procurar pelos tratamentos convencionais do Alzheimer.

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