metropoles.com

Saiba sintoma inusitado característico de Alzheimer e outras demências

A síndrome do Pôr do Sol aparece no fim do dia e traz grande desconforto para pacientes com doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images/Justin Paget
Mulher com aparência de doente olha pela janela ao por do sol com uma tristeza de fim de tarde - Metrópoles
1 de 1 Mulher com aparência de doente olha pela janela ao por do sol com uma tristeza de fim de tarde - Metrópoles - Foto: Getty Images/Justin Paget

Quando o fim do dia se aproxima e a noite começa a chegar, pacientes com Alzheimer ou outras demências podem apresentar comportamentos de confusão mental, agressividade e ansiedade. O quadro é conhecido como síndrome do Pôr do Sol e costuma estar acompanhado de dificuldade para dormir.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, as causas para a síndrome do Pôr do Sol ainda não estão bem compreendidas. Uma possibilidade é que as alterações cerebrais relacionadas às doenças neurodegenerativas afetem o “relógio biológico”, levando a ciclos confusos de sono e vigília.

Outra hipótese é que os pacientes não estejam sendo atendidos em suas necessidades básicas de fome e sede e, por isso, a confusão mental.

“É importante desenvolver algumas estratégias de prevenção e de adaptação a esses episódios para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, aponta a enfermeira Janaína Rosa, coordenadora técnica da Home Angels, maior rede de cuidadores supervisionados da América Latina.

A especialista elencou alguns cuidados para ajudar os pacientes que apresentam o problema:

1- Acompanhamento adequado

O primeiro passo de todo tratamento deve ser o acompanhamento médico. “A orientação de um médico especializado é fundamental para que todas as atividades sejam feitas. Cada paciente tem suas especificidades, por isso um tratamento individualizado precisa ser feito. A companhia de um cuidador para administrar medicações e realizar as atividades necessárias em horários determinados também ajuda para a preservar o bem-estar do idoso”, aponta Janaína Rosa.

2 – Passeios e exercícios ao ar livre

Sair com o idoso para passeios fora de casa é uma ótima opção para regular o cotidiano. “ Escolha locais mais calmos e horários de menor agitação, pois atividades externas ajudam a acertar o “relógio biológico”. Além disso, estimule a realização de atividades físicas, como a caminhada, por exemplo”, afirma Janaína, destacando que é importante respeitar as condições físicas de cada idoso para a realização de exercícios.

3 – Atente-se ao sono

É muito importante a regularização do sono, já que o descanso pode ser diretamente prejudicado em pessoas nessas condições. “Regularize o horário de descanso, elaborando uma rotina antes de dormir, com música calma e relaxante e diminuição de ruído. Se possível, reduza o número de pessoas no ambiente, para diminuir a agitação e proporcionar mais calma nesse momento”, destaca.

4 – Ambiente iluminado

As casas precisam estar bem iluminadas durante a tarde e à noite, quando o sol se põe. “Isso é importante para ajudar o idoso a interpretar as informações sensoriais. Manter o ambiente escuro ou com pouca incidência de luz vai deixá-lo mais nervoso ou ansioso, potencializando os sintomas da síndrome do Pôr do Sol”, destaca a coordenadora técnica da Home Angels.

5 – Paciência e conversa

Em qualquer fase da vida o diálogo é fundamental e na terceira idade isso não é diferente. Principalmente em casos de pessoas com algum tipo de demência, a conversa e explicação de tudo o que está acontecendo pode facilitar o processo e evitar o nervosismo.

“Demonstrar tranquilidade e paciência auxilia muito. Além disso, a comunicação por meio de frases simples e curtas, sem explicações longas e complicadas, facilita na rotina. Incluir esse idoso em atividades laborais também o ajuda a manter-se focado e a trabalhar sua mente”, completa.

15 imagens
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
1 de 15

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

Getty Images
2 de 15

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

Getty Images
3 de 15

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

Divulgação
4 de 15

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

Pixabay
5 de 15

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

Pixabay
6 de 15

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

Pixabay
7 de 15

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

Pixabay
8 de 15

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

Pixabay
9 de 15

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

Pixabay
10 de 15

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

Pixabay
11 de 15

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

Agência Brasil
12 de 15

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

Pixabay
13 de 15

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

Reprodução
14 de 15

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

Pixabay
15 de 15

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

Pixabay

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?