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Stevens-Johnson: conheça a síndrome rara da esposa de Frank Aguiar

Carol Santos publicou, nessa segunda-feira (3/7), um vídeo para contar sobre a síndrome rara que a deixou hospitalizada por 10 dias

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Foto coloridade moça com pele avermelhada devido a síndrome rara
1 de 1 Foto coloridade moça com pele avermelhada devido a síndrome rara - Foto: Reprodução/instagram

Nessa segunda-feira (3/7), Caroline Santos, esposa do cantor Frank Aguiar, compartilhou um relato nas redes sociais sobre uma doença de pele rara que a levou a passar 10 dias na UTI. Na postagem, feita para celebrar seu 31º aniversário e a recuperação, ela mostrou feridas vermelhas e descamação no pescoço, rosto, boca, costas e tórax causadas pela síndrome de Stevens-Johnson.

A doença é uma reação do sistema imunológico a alguns medicamentos, geralmente antibióticos e anti-inflamatórios. Trata-se de uma resposta cutânea rara e grave, que requer tratamento imediato, já que um dos sintomas é a necrólise epidérmica tóxica. O quadro é semelhante ao de uma queimadura grave, causa grande perda de pele, e é igualmente letal.

“Quero agradecer ao meu marido, Frank Aguiar, que nunca me abandonou, apesar de tudo. Somos um casal como todos os outros”, conta Carol em sua publicação. “O Stevens-Johnson que eu tive é uma doença rara e grave que afeta todo o corpo. Pensei que fosse morrer”, acrescenta.

Carol também contou que, graças ao tratamento, as marcas da síndrome estão quase imperceptíveis, com apenas algumas manchas claras em seu pescoço.

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Frank Aguiar e Carolina Santos
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Caroline Aguiar, mulher de Frank Aguiar

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Sobre a síndrome

Segundo a dermatologista Valéria Stagi, da PrimeSculp, no Rio de Janeiro, a síndrome de Stevens-Johnson pode ser desencadeada por alguns medicamentos, especialmente aqueles utilizados para epilepsia, antibióticos e analgésicos anti-inflamatórios. “Ela pode também ser resultado de uma infecção. O diagnóstico tardio pode agravar o quadro, afetar órgãos internos, e até acometer a traqueia”, afirma.

O quadro se inicia com sintomas inespecíficos, como febre, tosse, coriza, dor de cabeça, diarreia e mal-estar, o que dificulta o diagnóstico precoce. Em duas semanas de evolução, surgem lesões na pele com placas avermelhadas e erupções.

Em crianças, a síndrome de Stevens-Johnson pode ser desencadeada por infecções como resfriado ou gripe, feridas, e pela mononucleose infecciosa, uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Contudo, estima-se que a taxa de mortalidade em crianças seja inferior a 10%, segundo o Manual MSD.

Pessoas com maior probabilidade de desenvolver a síndrome de Stevens-Johnson:

  • Já tiveram a síndrome após o uso de um determinado medicamento. É provável que a desenvolvam novamente se usarem o mesmo remédio ou similar;
  • Possuem o sistema imunológico enfraquecido devido a condições como a aids, ou estão em tratamento com quimioterapia;
  • Têm parentes próximos que já tiveram a síndrome de Stevens-Johnson. Fatores genéticos podem influenciar no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento para pacientes com a síndrome de Steven-Johnson é realizado em um centro para queimaduras ou unidade de terapia intensiva.

“O principal suporte ao paciente é cuidar do local onde há queimação para evitar a infecção. Outro cuidado é realizar a hidratação venosa, pois a pessoa perde líquido. Então, se trata como se fosse uma grande quimadura”, explica Valéria.

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