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Síndrome da árvore de Natal: como prevenir alergias com a decoração

A decoração de Natal guardada por meses pode acumular ácaros, mofo e poeira, desencadeando alergias ao ser manuseada

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Foto ilustrativa de mulher com alergia com lenço de papel no nariz e árvore de Natal ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Foto ilustrativa de mulher com alergia com lenço de papel no nariz e árvore de Natal ao fundo - Metrópoles - Foto: Getty Images

Com a chegada de dezembro, é hora de começar a se preparar para o Natal, retirando os enfeites e montando a tradicional árvore. No entanto, é importante redobrar os cuidados com a saúde ao manusear a decoração.

“Geralmente, os enfeites de Natal ficam guardados durante o ano todo e só são retirados com a proximidade das festas de fim de ano. Diversos fatores alergênicos se acumulam durante esse período, podendo desencadear reações alérgicas variadas”, explica o biomédico Rafael Avilez Tsuchiya, supervisor do setor de alérgenos do DB Diagnósticos.

O quadro é chamado de síndrome da árvore de Natal, e os principais fatores associados à crise são poeira, mofo, ácaros e pelos de animais, comuns em enfeites e árvores artificiais. As árvores naturais, por sua vez, também liberam alérgenos como pólen e seiva. O contato com esses agentes pode causar reações alérgicas, como espirros, tosse e lacrimejamento.

“O contato com ácaros e mofo pode ser um gatilho para rinite alérgica ou outros tipos de alergias. Tudo isso pode evoluir para quadros mais sérios, caso a imunidade esteja comprometida”, afirmou o otorrinolaringologista José Stênio Ponte, da clínica OtorrinoDF, em entrevista anterior ao Metrópoles.

De acordo com o médico, quando o ácaro entra pelo nariz, ele desencadeia uma reação inflamatória, sensibilizando toda a via aérea unificada (nariz, traqueia e pulmão). “Ou seja, uma rinite pode evoluir para bronquite, crise de asma ou até mesmo pneumonia em pacientes imunodeficientes”, ensinou.

Os sintomas da “síndrome da árvore de Natal” são os mesmos de crises alérgicas e incluem:

  • Tosse;
  • Espirros;
  • Irritação nos olhos;
  • Congestão nasal;
  • Dermatite de contato;
  • Secreções nasais.

Ponte aponta que, para aqueles com histórico de alergias, o simples ato de manipular os enfeites de Natal pode gerar manifestações com as quais já estão acostumados, dificultando a identificação dos sintomas. “É mais fácil detectar a reação alérgica quando pessoas não alérgicas são expostas aos enfeites e acabam apresentando os sintomas”, esclarece.

Especialista indica cuidados necessários ao montar a decoração de natal

O que fazer para evitar alergias causadas pela decoração

1 – Limpeza antes de montar a árvore

A limpeza dos itens de decoração é essencial para evitar o acúmulo de alérgenos. “Antes da montagem, deixe limpo o local onde a árvore ficará exposta. O ideal é que a árvore e seus enfeites sejam bem embalados antes de serem guardados para que não acumulem detritos durante o ano”, explica.

Além disso, a árvore artificial deve ser limpa com um pano úmido e deixada ao ar livre em uma área ensolarada por algumas horas. “O controle sobre as árvores naturais é mais difícil, pois quanto mais se mexe nela, mais partículas de pólen ela pode liberar”, alerta.

2 – Uso de máscaras e luvas durante a montagem

“Certamente toda proteção que minimize o contato com os alérgenos, como máscaras ou luvas, evita as reações da síndrome, especialmente para pessoas já sensibilizadas”, afirma Tsuchiya. A utilização desses acessórios pode ajudar a reduzir a exposição aos agentes presentes nos enfeites e na árvore.

3 – Alternativas para evitar alergias e manter a tradição

Se você tem alergias mas não quer abrir mão das tradições natalinas, algumas alternativas podem ser adotadas. “Prefira as árvores de Natal artificiais, pois são mais fáceis de se limpar. Além disso, enfeites de plástico, metal ou vidro são melhores, pois aderem menos poeira do que outros materiais”, sugere Tsuchiya.

Outra sugestão é realizar as comemorações em ambientes externos, quando possível, para reduzir a exposição aos alérgenos.

Quando procurar ajuda médica?

Em casos de crises de alergia mais intensas ou sintomas persistentes, o ideal é procurar atendimento médico. O otorrinolaringologista Flávio Sirihal Werkema, da Rede Mater Dei de Saúde, orienta que, para quem apresenta reações alérgicas mais graves, é fundamental buscar um especialista.

“Vários tipos de medicamentos podem ser utilizados, como anti-histamínicos, corticoides oral e tópico, e descongestionantes. A lavagem nasal com soro fisiológico também é uma ótima aliada para aliviar os sintomas”, destaca.

Exames específicos podem ser realizados para identificar a causa exata das reações, permitindo um tratamento mais adequado e direcionado.

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