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Sinal no olho pode indicar colesterol alto. Entenda

Cardiologista explica como é o sintoma que pode ajudar no diagnóstico de hipercolesterolemia familiar

atualizado

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Foto colorida aproximada de olhos com cores cinza
1 de 1 Foto colorida aproximada de olhos com cores cinza - Foto: Reprodução: Wikimedia Commons

O corpo humano dá sinais quando algo não vai bem. No caso do colesterol alto, pés inchados ou dedos das mãos esbranquiçados podem indicar a doença. Outro sintoma associado ao excesso de gordura no sangue são manchas esbranquiçadas em formato de meia-lua que aparecem nos olhos.

A mancha ocular é um dos sintomas da hipercolesterolemia familiar (HF), um tipo específico de colesterol que tem causas genéticas e, por isso, não é controlado apenas com mudanças no estilo de vida.

“A mancha da hipercolesterolemia familiar se assemelha a um arco e se forma ao redor da córnea. Ela aparece em 50% dos pacientes com 30 anos que têm a doença e está presente em 100% dos pacientes com mais de 50 anos”, aponta a cardiologista Érica Renata de Medeiros, que atende na clínica Cardio Senior, em Brasília.

Sinais físicos

A hipercolesterolemia familiar atinge uma a cada 500 pessoas no mundo. Caso não seja diagnosticada cedo, há risco de infarto e morte. Existem sinais que são característicos da doença:

  • Arco corneal, que é a mancha clara formada ao redor da córnea;
  • Xantomas tendíneos, que são nódulos que aparecem nos tendões das mãos, cotovelos e calcanhares;
  • Xantelasmas, que são pequenas bolinhas nas pálpebras e ao redor dos olhos.

Risco de infarto

O maior perigo relacionado ao colesterol alto é a possibilidade de um infarto. Os altos níveis de lipídios na circulação sanguínea podem levar a aterosclerose precoce, que é o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

“O excesso de colesterol acaba se depositando nas artérias e, com o tempo, pode causar o entupimento das coronárias. Esta é a principal causa de infarto em pessoas abaixo dos 45 anos”, afirma a médica.

Como controlar

Por se tratar de uma doença genética, não existe cura. O paciente deve usar medicação para evitar o colesterol alto. “O tratamento é composto por estatinas e os inibidores da PCSK9, proteína que quebra receptores do colesterol ruim (LDL)”, explica a cardiologista.

Além disso, o paciente deve:

  • Evitar gorduras saturadas;
  • Perder peso;
  • Não fumar;
  • Evitar passar muito tempo sentado;
  • Aumentar a frequência da atividade física.

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