metropoles.com

Sinais do Parkinson podem aparecer 10 anos antes. Saiba quais

Além dos sintomas clássicos, alguns sinais precoces podem indicar o desenvolvimento da doença décadas antes do diagnóstico

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Xesai/Getty Images
Pessoa com doença de Parkinson recebe cuidados
1 de 1 Pessoa com doença de Parkinson recebe cuidados - Foto: Xesai/Getty Images

​Conhecida pelos tremores involuntários, a doença de Parkinson afeta a habilidade cerebral de controlar os movimentos do corpo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição atinge 1% da população mundial acima de 65 anos e, no Brasil, esse grupo estimado é de 200 mil pessoas.

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no planeta, atrás apenas do Alzheimer. As razões para o desenvolvimento da condição ainda são desconhecidas, mas a hipótese mais aceita é que ela surja a partir de uma interação entre fatores genéticos e ambientais, como exposição a produtos tóxicos.

A doença ocorre devido à degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. As células localizadas nessa região do mesencéfalo produzem a dopamina, que ajuda a conduzir as correntes nervosas ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os tremores involuntários e outros sintomas.

15 imagens
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
1 de 15

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

Getty Images
2 de 15

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

Getty Images
3 de 15

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

Divulgação
4 de 15

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

Pixabay
5 de 15

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

Pixabay
6 de 15

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

Pixabay
7 de 15

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

Pixabay
8 de 15

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

Pixabay
9 de 15

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

Pixabay
10 de 15

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

Pixabay
11 de 15

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

Agência Brasil
12 de 15

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

Pixabay
13 de 15

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

Reprodução
14 de 15

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

Pixabay
15 de 15

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

Pixabay

Sinais iniciais

A progressão do Parkinson é muito variável e desigual entre os pacientes. Em geral, a doença possui um curso vagaroso, regular e sem mudanças rápidas ou dramáticas. Os sintomas mais comuns são tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, alterações na fala e instabilidade postural.

A Associação Brasil Parkinson (ABP), entidade sem fins lucrativos criada em 1985 para atender portadores da doença, alerta que, além dos sintomas clássicos, os primeiros sinais da condição podem aparecer cerca de 10 a 15 anos antes da doença se instalar e, em alguns casos, mascaram o diagnóstico da doença, pois não afetam a condição motora.

Esses sinais são chamados de prodômicos e podem indicar o início da doença antes que os sintomas específicos surjam. São eles:

  • Intestino preso;
  • Perda de olfato;
  • Sono agitado;
  • Dor muscular;
  • Sensação de tontura ao levantar;
  • Tristeza e desânimo;
  • Prejuízo na concentração;
  • Redução da expressão facial;
  • Alteração na escrita;
  • Dificuldade de se movimentar;
  • Redução da oscilação dos braços durante a marcha.

A presidente da ABP, Erica Tardelli, ressalta a importância de identificar esses sinais precoces e considerá-los como um alerta para o Parkinson, principalmente quando a pessoa não apresenta tremores, mas tem dores musculares.

“A gente recebe diariamente pacientes que fizeram por dois ou três anos tratamentos inadequados para a doença e que, inclusive, passaram por cirurgias, devido ao diagnóstico errado. Os sinais acabam sendo diagnosticados como problemas ortopédicos, quando podem ser causados pela rigidez do Parkinson”, explica Tardelli, que é fisioterapeuta especialista em neurologia.

Contudo, a presença de um ou mais desses sinais não significa necessariamente que a pessoa tenha Parkinson. Mas, se eles forem resistentes aos tratamentos convencionais, é orientado consultar um neurologista.

O diagnóstico da doença por meio de exames neurológicos só é possível quando a pessoa apresenta os sintomas clássicos, que são a lentidão dos movimentos associada à rigidez muscular, tremor ou alterações posturais.

Evolução da doença

O Parkinson não tem cura, porém, pode e deve ser tratado — além de combater os sintomas, é possível retardar o seu progresso. Para isso, são usados medicamentos aliados à prática de fisioterapia, terapia ocupacional e atividade física. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos.

Como forma de conscientizar a população sobre os sinais precoces a serem considerados no diagnóstico, a ABP, em parceria com o programa de ensino e pesquisa da Doença de Parkinson do Hospital das Clínicas de São Paulo, elaborou um e-book com informações sobre sinais e sintomas da doença.

“A tentativa é diminuir o tempo que o paciente leva para receber o diagnóstico e começar o tratamento correto. O material é baseado em revisões científicas e busca chamar a atenção para a doença”, afirma a especialista.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?