Simulação mostra risco de contágio do coronavírus durante ceia. Vídeo
Ventilação é fundamental para diminuir a possibilidade de um indivíduo assintomático contaminar os demais convidados de um jantar
atualizado
Compartilhar notícia
Uma simulação feita pela empresa japonesa Hexagon Manufacturing Intelligence – especializada em construções industriais – mostra a importância de manter a ventilação adequada, durante um encontro com familiares ou amigos, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
A cena representa um jantar entre seis pessoas em uma sala típica das residências inglesas, com espaço de 4,9 metros de comprimento por 3,7 metros de largura, e com um aquecedor. Um dos indivíduos (o que aparece em vermelho) estaria infectado pelo Sars-CoV-2, porém não teria os sintomas característicos da doença. Ao conversar com os demais, que estão sem máscaras, as gotículas contaminadas pelo vírus se espalham no ambiente.
O calor faz com que as partículas subam para o teto mas, se as portas e janelas do espaço estiverem fechadas, elas não têm por onde escapar e voltam para baixo, circulando no ar da sala até caírem no chão. No entanto, se houver ampla ventilação, as partículas se dispersam rapidamente, sem alcançar as outras pessoas.
“Uma boa ventilação é fundamental – basta garantir que o máximo possível de janelas e portas estejam abertas para ajudar o ar a circular e as partículas a não se acumularem”, afirmou Keith Perrin, um dos criadores do modelo, em entrevista ao jornal Daily Mail. A simulação foi apresentada para conscientizar a população inglesa sobre os riscos de receber uma pessoa fora do convívio familiar em casa durante as festas de fim de ano.
No Brasil, especialistas têm repetido que as confraternizações de fim de ano devem ser restritas ao núcleo de pessoas que já convivem juntas. Se a opção, no entanto, for a de expandir o grupo, a recomendação é que o encontro aconteça em um espaço aberto e que os convidados mantenham o uso de máscaras e o distanciamento de, no mínimo, um metro entre si.