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Técnica inédita salva usuário de vape que perdeu pulmões aos 34 anos

Médicos usaram silicone para preencher lugar dos pulmões enquanto paciente fumante esperava por transplante

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Foto mostra o americano David Bauer, usuário de vape que passou por transplante de pulmão inédito ao lado de seu médico - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra o americano David Bauer, usuário de vape que passou por transplante de pulmão inédito ao lado de seu médico - Metrópoles - Foto: Reprodução/GoFoundMe

O norte-americano Davey Bauer, de 34 anos, teve sua vida salva graças a uma solução inusitada. Grandes impantes de silicone foram colocados no interior de sua caixa toráxica para mantê-lo vivo enquanto ele esperava por um transplante duplo de pulmões.

Segundo os pneumologistas que o atenderam, isso deu mais tempo ao corpo de Bauer para esperar a doação de um órgão compatível. O uso do silicone nunca tinha sido testado para este fim.

O caso de Bauer

O paisagista e skatista começou a ter problemas de sáude em abril deste ano, quando começou a se sentir extremamente sem fôlego quando trabalhava ou praticava esportes. Bauer fumava desde os 21 anos e usava vape desde 2014.

Já na primeira vez que buscou ajuda para investigar o problema, Bauer foi internado. E, durante a realização de exames, os médicos descobriram que seu caso era bem mais grave do que parecia.

O sistema respiratório do rapaz estava em falência e ele começou a ter uma grave insuficiência cardíaca. A solução encontrada pela equipe para mantê-lo vivo foi colocá-lo em ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), uma máquina que realiza as funções do coração e do pulmão.

O procedimento, no entanto, não foi suficiente para recuperar os pulmões de Bauer e ele recebeu indicação para um transplante duplo de pulmão.

“O coração dele parou e ele teve de ser ressucitado pela equipe médica no mesmo dia em que havíamos decidido pelo transplante”, afirmou o cirurgião toráxico Ankit Bharat, responsável pelo paciente, em entrevista à CNN. “Ele estava morrendo e precisávamos criar uma estratégia para dar mais tempo a ele”.

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O paisagista e skatista logo após a cirurgia de pulmão
David Bauer ao lado do cirurgião toráxico Ankit Bharat
David Bauer voltou para casa após os procedimentos em outubro
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Jovem usava vape desde 2014

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O paisagista e skatista logo após a cirurgia de pulmão

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David Bauer ao lado do cirurgião toráxico Ankit Bharat

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David Bauer voltou para casa após os procedimentos em outubro

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Silicone no lugar do pulmão

Os médicos decidiram, então, retirar os pulmões adoecidos de Bayer para eliminar focos de infecção em seu corpo.

As doses de antibióticos foram reforçadas e o paciente começou a responder melhor ao combate à infecção. No entanto, havia um problema sério: o coração e os pulmões trabalham em conjunto e ocupam um espaço em comum. Manter o corpo sem os pulmões destrói as vias de comunicação entre os órgãos e pode fazer o coração “cair” dentro da caixa toráxica.

“Tivemos que criar um mecanismo para manter o coração no centro do corpo”, lembra Bharat. “Tivemos então a ideia de colocar os silicones dentro da cavidade toráxica para manter o coração onde estava e sem danificar as artérias que seriam fundamentais quando ele recebesse os novos pulmões.

O transplante

Os médicos removeram os pulmões de Bauer em 26 de maio e um órgão para transplante ficou disponível no dia seguinte. Em 28 de maio, os cirurgiões removeram os implantes mamários substitutos e inseriram os pulmões no rapaz. Desde então, ele está se recuperando bem, segundo os médicos.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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