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Sia revela autismo aos 47. Por que diagnósticos tardios aumentaram?

Cantora contou em podcast que recebeu diagnóstico tardio de autismo. Saiba quais são os sinais que merecem investigação

atualizado

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Presley Ann
Mulher vestida de laranja, usando peruca preto e branca com chapeu de palga na cabeça
1 de 1 Mulher vestida de laranja, usando peruca preto e branca com chapeu de palga na cabeça - Foto: Presley Ann

A cantora Sia revelou, aos 47 anos, que recebeu um diagnóstico tardio de autismo. Ela contou sobre a condição no podcast Rob Has a Podcast, na quinta-feira (25/5). “Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas”, disse ela, no bate-papo. A cantora é conhecida por músicas como Chandelier e Cheap Thrills.

Após ser diagnosticada, Sia afirmou que passou a se amar mais e a se enxergar de forma diferente. “Ninguém jamais poderá lhe conhecer e lhe amar enquanto você estiver cheio de segredos e vivendo com vergonha”, disse.

O Transtorno do Espectro do Autismo é caracterizado por déficits persistentes na comunicação e na interação com outros indivíduos. A condição inclui dificuldades na reciprocidade social, em comportamentos não verbais usados para a interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.

A neurologista Angélica Ávila, do Hospital de Base do Distrito Federal, diz que o diagnóstico de autismo tem se tornado cada vez mais comum na vida adulta, pois, atualmente, há mais informações sobre a condição. “Aumentou o número de profissionais qualificados para o diagnóstico, bem como o conhecimento sobre a condição”, diz Angélica.

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A cantora Sia também se assumiu pan
Cantora Sia
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Cantora Sia. Ela é conhecida por usar perucas encobrindo o rosto

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A cantora Sia também se assumiu pan

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Cantora Sia

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A identificação tardia provoca impactos negativos na qualidade de vida e no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas. “A dificuldade de interação social e a percepção negativa de si mesmo podem levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas. Esses problemas podem ser agravados pela dificuldade de acesso a tratamentos adequados e apoio familiar”, aponta Angélica.

Sinais comuns

Confira sinais comuns da condição:

  • Dificuldades na interação: quando o indivíduo não consegue compreender regras sociais subliminares ou não entende metáforas, ironias e piadas;
  • Dificuldades na socialização: quando há bloqueios no trato com os colegas, com travas no compartilhamento de experiências e de comunicação;
  • Características de funcionamento: quando o indivíduo prefere trabalhar sozinho, sendo bastante rígido e focado;
  • Sensibilidade exarcerbada: são intolerantes a barulhos e a ambientes agitados; têm restrições alimentares a determinadas texturas, cheiros e sabores e sensibilidade à luz e ao toque.

“O maior sinal de alerta para o TEA está em qualquer bebê que perdeu alguma habilidade antes adquirida. Como, por exemplo, uma criança que falava algumas palavras soltas e parou de falar subitamente, o bebê que atendia quando chamado ou que imitava e não imita mais”, explica a neurologista.

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