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Câncer de colo de útero: sexo reduz efeitos colaterais do tratamento

Estudo austriaco analisou 882 pacientes com câncer de colo de útero e constatou que sexo pode diminuir efeitos colaterais do tratamento

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Imagem mostra mulher de sutiã com uma imagem representando seu útero em frente à barriga - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mulher de sutiã com uma imagem representando seu útero em frente à barriga - Metrópoles - Foto: Klaus Vedfelt/Getty Images

Um estudo conduzido por pesquisadores da Áustria revelou que mulheres que fazem sexo regularmente ou utilizam dilatação vaginal após o tratamento de quimiorradiação para o câncer de colo do útero têm menor risco de enfrentar efeitos secundários da terapia a longo prazo.

“A cura do colo do útero é sempre a nossa prioridade, e a prevenção e o tratamento dos efeitos colaterais são cada vez mais cruciais”, enfatizou a principal autora do estudo, Kathrin Kirchheiner, que é psicóloga clínica do departamento de radioterapia oncológica da Universidade Médica de Viena, ao site Eureka Alert. Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (2/10) na Reunião Anual da American Society for Radiation Oncology (ASTRO).

“Espero que esta investigação ajude a reduzir o tabu em torno da saúde sexual e torne mais fácil para os médicos discutir estas questões com seus pacientes”, destaca Kathrin.

O câncer do colo do útero é uma das formas mais comuns de tumores entre as mulheres, e geralmente é diagnosticado por volta dos 50 anos. O tratamento padrão para pacientes com a doença localmente avançada envolve radioterapia, quimioterapia e braquiterapia.

Nos últimos anos, avanços na braquiterapia, incluindo o uso de ressonância magnética para precisão na identificação do tumor e administração precisa de radiação, melhoraram significativamente as taxas de cura.

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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil

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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia

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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia

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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença

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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso

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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia

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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia

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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante

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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia

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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia

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Entretanto, altas doses de radiação próximas à vagina podem causar estenose vaginal (estreitamento da vagina) e mudanças de longo prazo no tecido da região, dificultando exames ginecológicos e causando desconforto durante o sexo.

Os médicos frequentemente recomendam a dilatação vaginal regular para mitigar esses efeitos e prevenir a formação de tecido cicatricial, mas não existiam muitos estudos quantitativos sobre o impacto dessa prática.

A pesquisa EMBRACE mediu os efeitos colaterais relatados por médicos e pelas próprias pacientes em uma amostra de 1.416 mulheres com câncer de colo de útero localmente avançado.

Entre elas, 882 participantes foram analisadas para comparar os efeitos colaterais em pessoas sexualmente ativas ou que utilizavam dilatação vaginal regularmente nos anos após o tratamento com aquelas que não seguiam a rotina.

Ao longo dos cinco primeiros anos após o tratamento, as pacientes passaram por uma média de 11 consultas de acompanhamento com exames ginecológicos para avaliar os efeitos colaterais vaginais e preencheram questionários sobre qualidade de vida, atividade sexual e dilatação vaginal.

Os resultados mostraram que a dilatação vaginal regular e/ou atividade sexual foram significativamente associadas a um menor risco de encurtamento e estreitamento vaginal moderado de grau 2 ou superior.

Sexo pode prevenir estreitamento vaginal

As pacientes que relataram fazer a dilatação vaginal e mantiveram a atividade sexual tiveram o menor risco de estenose vaginal de grau dois (18%), seguidas por aquelas que eram sexualmente ativas, mas não utilizavam dilatação vaginal (23%), e das que usavam dilatação, mas não eram sexualmente ativas (28%).

Pacientes que não praticavam dilatação ou relações sexuais regulares tinham maior probabilidade de apresentar estenose moderada (37%).

Em contrapartida, foi observado que a atividade sexual regular e/ou dilatação vaginal estava associada a um risco ligeiramente maior de sintomas genitais leves, como secura e sangramento de grau um.

Kathrin ressalta que esses efeitos secundários menores podem ser controlados com medidas como lubrificantes, hidratantes e/ou terapia de reposição hormonal, e que os riscos menores não devem desencorajar as pacientes de praticar a dilatação ou ter relações sexuais, pois as atividades podem ajudar a prevenir problemas mais sérios e irreversíveis.

Ela também mencionou que há espaço para futuras pesquisas explorarem o papel da excitação sexual no processo de cicatrização dos tecidos e na saúde vaginal, dada a vantagem observada da atividade sexual sobre o uso de dilatadores em seu estudo.

No entanto, a pesquisa sobre saúde sexual após o tratamento do câncer pode ser complexa, pois envolve questões altamente pessoais e sensíveis. Kathrin destacou a importância de abordar o tópico com respeito e compreensão, tanto na pesquisa quanto no atendimento aos pacientes.

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