“Série de riscos à saúde”, diz Anvisa sobre automedicação com ivermectina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária alerta que não existem resultados conclusivos sobre a eficácia do remédio no combate à Covid-19
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se posicionou contrária ao uso de medicamentos que contêm ivermectina para o tratamento da Covid-19. O remédio, utilizado no combate a vermes e parasitas, tem sido amplamente divulgado como opção para tratamento e prevenção da doença. No entanto, não existem estudos conclusivos que comprovam a eficiência dele contra o novo coronavírus em pessoas.
“Não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus”, diz o comunicado publicado na noite dessa quinta-feira (9/7).
Até o momento não foram divulgados estudos conclusivos que comprovem a eficácia da ivermectina no combate da doença, ou dados que indiquem a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da Covid-19, de acordo com a agência.
O uso sem orientação médica pode provocar diarreia e náusea, astenia (perda ou diminuição da força física), dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos. Além de tontura, sonolência, vertigem e tremor, coceira, erupções e urticária.
Não existe ainda um remédio para a cura ou prevenção da Covid-19 aprovado pela Anvisa. São autorizados apenas aqueles utilizados para tratamento dos principais sintomas da doença, como antitérmicos e analgésicos. Os antibióticos são indicados nos casos em que há infecções associadas.