Ser feliz no casamento pode diminuir o risco de demência em 40%
Segundo os cientistas suecos, casais saudáveis incentivam bons hábitos de vida que reduzem a inflamação do cérebro
atualizado
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Estar em um relacionamento infeliz pode ter consequências para o desenvolvimento de demência, dizem pesquisadores da Universidade de Estocolmo e do Instituto Karolinska, ambos na Suécia. Depois de estudar 4 mil idosos por 10 anos, os cientistas descobriram que o risco de desenvolver demência na velhice é 40% maior em voluntários que não se consideravam felizes e são solteiros.
A explicação dos responsáveis pela pesquisa é que o isolamento social pode levar as pessoas a serem tristes e irritadas, além de terem um estilo de vida menos saudável, fatores que aumentariam o risco de demência.
Pessoas casadas e felizes, em contrapartida, não só melhorariam o humor do parceiro, ajudando a lidar com o estresse, como encorajariam o parceiro a fazer exercícios, parar de beber e fumar e a se alimentar melhor — essas ações seriam responsáveis por diminuir inflamações, que têm relação direta com a doença.
“Descobrimos que o status de relacionamento e a situação de moradia têm potencial para aumentar os efeitos do mau humor no processo de desenvolvimento da demência. Por isso, a atenção dos profissionais de saúde deve estar voltada para indivíduos com problemas de humor e que estão vivendo sós”, escrevem os responsáveis pela pesquisa no estudo.