Sem máscaras, aventais e óculos, médicos já fizeram 2 mil denúncias ao CFM
Criada há 45 dias, plataforma do Conselho Federal de Medicina reúne reclamações dos profissionais que estão no combate ao coronavírus
atualizado
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta sexta-feira (15/05) um levantamento com denúncias de médicos na linha de frente do tratamento de pacientes da Covid-19. Elas relatam problemas na infraestrutura de trabalho oferecida nas unidades de saúde pública e privada de todo o país.
As ocorrências foram registradas em uma plataforma on line criada pelo CFM exclusivamente para os profissionais de saúde em 30 de março. As queixas mais comuns são sobre a falta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que são materiais básicos para evitar a infecção causada pelo novo coronavírus.
Pelo menos 1.585 formulários preenchidos pelos médicos denunciaram a ausência de máscara N95 ou equipamento equivalente. Em seguida, vem a falta de aventais (1.417), óculos ou protetor facial (1.215), máscara cirúrgica (1.038), gorro (697) e luvas (496).
Outros pontos que têm preocupado os médicos são a falta de kits de exame para a detecção da Covid-19, a ausência de medicamentos para os pacientes, de materiais para a UTI, curativos e materiais de higienização pessoal, como álcool em gel, álcool 70%, papel toalha e sabonete líquido.
Na percepção de 974 médicos, as equipes de enfermagem não são suficientes para atender aos casos de Covid-19. Eles também acham que as unidades de saúde precisam de mais médicos, equipes de apoio, fisioterapeutas e outros profissionais.