metropoles.com

Sem isolamento, mortes por coronavírus podem chegar a 7 mil no DF

Cálculo foi feito pelo Laboratório de Dinâmica de Doenças, da UnB, que reúne profissionais de diferentes departamentos e institutos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles

Sem as medidas de restrição ao convívio social, o Distrito Federal poderia registrar sete mil óbitos durante a epidemia do Covid-19.

O cálculo foi feito pelo Laboratório de Dinâmica de Doenças, da Universidade de Brasília (UnB), que reúne profissionais de diferentes departamentos e institutos.

Para chegar ao cenário, o laboratório usou informações que estão sendo divulgadas por centros de pesquisas de vários países do mundo a respeito da velocidade de contágio da doença, do tempo de incubação do vírus e da taxa de mortalidade da infecção provocada pelo SARS-CoV-2, entre outros.

Os pesquisadores da UnB estimam que, entre o caso número 1 – de uma paciente que voltou infectada depois de uma viagem à Europa – e o último, haja um intervalo de 156 dias, com o pico da epidemia previsto aproximadamente para 22 de maio deste ano e o encerramento com estimativa para os primeiros dias de julho.

Ao todo, de acordo com a equipe do laboratório, 350 mil manifestariam sintomas do novo vírus, em diferentes gradações, e precisariam de atendimento médico.

“A adoção de medidas preventivas impacta nesta curva, portanto o ritmo não será tão alucinado”, destaca o professor Tarcísio Marciano da Rocha Filho, do Instituto de Física.

Manter a população em casa, contendo a velocidade de contágio, é a saída para que menos pessoas adoeçam e o vírus perca sua capacidade de circulação.

O Laboratório de Dinâmica de Doenças auxilia governos na tomada de decisões para a contenção de enfermidades contagiosas, como o sarampo e a dengue. Logo que perceberam a gravidade do que acontecia na China, os pesquisadores resolveram construir um modelo de cenário que se aplicasse ao Brasil e, especificamente, ao Distrito Federal.

No caso da Covid-19, que é provocada por um vírus novo, para o qual nenhum de nós tem imunidade construída, trabalha-se com a hipótese de imunidade de rebanho. “Significa que o vírus continua a se disseminar até que a maioria das pessoas desenvolva imunidade”, explica o professor Wildo Navegantes, do Núcleo de Medicina Tropical, da UnB, que participou do trabalho.

As medidas de restrição ao convívio, como o cancelamento de eventos, o fechamento do comércio e a paralisação das aulas, diminuem a circulação do novo coronavírus. Além de reduzir o número de contaminados, minimiza a quantidade de pessoas no sistema de saúde ao mesmo tempo.

“Isso nos dá a capacidade de garantir melhor atendimento aos que manifestam quadros graves da doença. Com isso, diminui-se o número de óbitos”, conclui Wildo.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?