Segunda vacina da Pfizer contra Covid-19 tem menos reações que a primeira
A atualização, chamada de B2, mira a proteína inteira que o vírus usa para infectar as células, enquanto a B1 só atingia uma parte dela
atualizado
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A Pfizer e a BioNTech, duas indústrias farmacêuticas que desenvolvem juntas uma imunização para a Covid-19, anunciaram bons resultados para a segunda versão da vacina que estão criando. A imunização se mostrou mais eficaz e foi responsável por menos efeitos colaterais que a primeira.
Os voluntários vacinados com a versão chamada B2 tiveram quase cinco vezes mais níveis de anticorpos do que pessoas que tiveram a doença se recuperaram. Esta atualização mira a proteína inteira que o vírus usa para infectar as células, enquanto a B1 só atingia uma parte dela.
A B1 também teve mais efeitos colaterais: 50% dos voluntários entre 18 e 54 anos e 16,7% dos entre 65 e 85 anos apresentaram reações leves a moderadas ao serem imunizados. Os números caíram para 16,7% e 0%, respectivamente, com a B2. Os “eventos adversos” considerados são febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, vômitos e diarreia.
“Obviamente, quanto mais tolerada é a vacina, mais acredito que vai encorajar o público a aceitar uma imunização ampla. As duas seriam boas candidatas, mas a B2 foi mais satisfatória, mostrando um perfil imune favorável e menos reações”, afirma William Gruber, vice-presidente sênior para desenvolvimento de vacinas da Pfizer, em entrevista ao Stat News.
As duas versões da vacina já têm autorização concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem testadas em voluntários brasileiros.