Permanecer horas sentada pode aumentar risco de miomas, diz estudo
Os miomas são nódulos benignos que podem crescer em qualquer parte do útero. Pesquisa mostra que sedentarismo pode ser fator de risco
atualizado
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Passar mais de seis horas do dia sentada aumenta o risco de uma mulher desenvolver miomas uterinos, afirmam pesquisadores da Universidade de Kunming, na China.
A descoberta foi publicada na revista científica BMJ Open na quarta-feira (28/11), após um estudo com aproximadamente 6.600 pessoas com útero, com idades entre 30 e 55 anos, que ainda não haviam passado pela menopausa. No total, 562 (8,5%) já tinham miomas.
O que são miomas?
Os miomas são nódulos benignos que podem crescer em qualquer parte do útero durante a idade reprodutiva. Eles são formados predominantemente por fibras musculares e se formam em resposta aos estímulos do hormônio feminino estrogênio.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) estima que oito em cada dez mulheres em idade fértil tenham miomas.
Sedentarismo
Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram informações básicas, como o histórico menstrual e reprodutivo, os hábitos alimentares e a rotina de exercícios físicos.
As participantes foram separadas em quatro grupos de acordo com o tempo que passavam sentadas: 1) menos de duas horas por dia; 2) duas a quatro horas/dia; 3) quatro a seis horas/dia e 4) seis ou mais horas/dia. A maioria delas (61%) estava no grupo de duas a quatro horas.
As mulheres que passavam seis ou mais horas sentadas tinham o dobro de chances de desenvolver miomas uterinos em comparação com aquelas que permaneciam assim por menos de duas horas diárias.
Para os pesquisadores da Universidade de Kunming, duas hipóteses podem explicar o aumento do risco de formação de miomas em mulheres que passam mais tempo sentadas. A primeira delas é que o sedentarismo está ligado à obesidade, condição que já está associada à formação de miomas.
A segunda hipótese é a associação entre comportamento sedentário, inflamação crônica e deficiência de vitamina D, que também já foram relacionados com o risco aumentado para o aparecimento de miomas.
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