Sede das Olimpíadas, Tóquio registra novo recorde de casos de Covid
Nesta quarta (28/7), foram anotados 3.117 novos casos da infecção. Autoridades querem endurecer medidas para conter onda de contágio
atualizado
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Sede das Olimpíadas, Tóquio registrou novo recorde diário de infecções provocadas pelo pelo Sars-CoV-2 nesta quarta-feira (28/7). E, pela primeira vez, a cidade ultrapassou a marca de 3 mil novos casos em 24h, com 3.117 contágios notificados.
Esse é o segundo dia seguido de recorde de infecções. Com receio de que o evento aumente ainda mais os registros, as cidades vizinhas à capital consideram impor restrições de emergência para controlar o coronavírus. Atualmente, os atletas olímpicos são obrigados a seguir as medidas de restrição, com testes de contágio frequentes e limitações de deslocamento, por exemplo.
A vacinação contra a Covid-19 está atrasada no Japão, até agora apenas 25% da população está totalmente imunizada. “Quero que os jovens sejam vacinados. O comportamento dos jovens é essencial. Peço por favor que colaborem”, apelou a governadora Yuriko Koike. Ela também pediu à população que evite saídas não urgentes.
Com aproximadamente 15 mil óbitos em decorrência da doença registrados no Japão desde o início da pandemia, a situação atual de Tóquio é de emergência, por isso há restrições no horário de funcionamento de bares, restaurantes e a proibição de bebidas alcóolicas.
O número de novos casos também está aumentando em três cidades ao redor de Tóquio: Chiba, Saitama e Kanagawa. As três avaliam a adoção de medidas de emergência. O porta-voz do governo, Katsunobu Kato, reforçou o alerta e pediu aos japoneses que evitem aglomerações para assitir os jogos.
Risco inevitável
Uma semana atrás, na quarta-feira (21/7), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, havia declarado que o risco de contaminação por Covid-19 na Olimpíada de Tóquio é inevitável.
“A marca do sucesso do evento não é registrar nenhum caso de Covid-19. É garantir que todos os casos sejam identificados, isolados, investigados e cuidados o mais rápido possível para que a transmissão seja interrompida”, enfatizou o dirigente da OMS, durante reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI), na capital japonesa.