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SBC alerta para doença de Chagas causada por alimentos contaminados

Sociedade de Cardiologia adverte que até 70% dos casos acontece pela ingestão de açaí, caldo de cana e alguns sucos típicos da Região Norte

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Foto: Instagram/Divulgação
Na foto temos uma vasilha de açaí com banana
1 de 1 Na foto temos uma vasilha de açaí com banana - Foto: Foto: Instagram/Divulgação

Tradicionalmente transmitida pela picada do inseto chamado de barbeiro, a doença de Chagas mudou de perfil nos últimos anos. No dia mundial dessa patologia, lembrado nesta quinta-feira (14/4), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que, hoje, cerca de 70% dos casos acontecem pela ingestão de alimentos contaminados.

A doença é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, e é considerada endêmica na América Latina. Com a melhora da economia e a diminuição das casas construídas com taipa (morada do barbeiro), atualmente a principal forma de contaminação é o açaí contaminado, mas há relatos de doença causada após a ingestão de caldo de cana, bacaba e outros sucos típicos consumidos na Região Norte. O estado mais afetado é o Pará, maior produtor de açaí no Brasil.

Consumido com maior frequência no país, o açaí industrializado passa por um processo de branqueamento, com aquecimento a 80°C e lavagem com produto especial – procedimento que inativa o protozoário e torna o produto seguro para consumo. A ingestão desse alimento é perigosa quando ele é preparado pelo pequeno produtor, que colhe a fruta diretamente do pé, ou no caso de famílias que compram o açaí in natura em mercados municipais.

Sintomas

A doença de Chagas tem duas fases. Na aguda, não há sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce. Na fase crônica, que começa anos depois da contaminação, há complicações cardíacas e digestivas, com arritmias, aumento do volume do coração, dilatação do esôfago e do cólon. Outros sintomas dessa etapa são: desmaios, dor no peito, palpitação, inchaço dos membros inferiores e dores abdominais.

“Cerca de 15% dos casos de insuficiência cardíaca se dão pela doença. Ou seja, é a cardiomiopatia mais grave, que mata muito mais do que outras”, explica o pesquisador e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) Odilson Silvestre, diretor financeiro do Departamento de Insuficiência Cardíaca da SBC.

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