Saúde sobre vacina de Oxford: compromisso com “imunização segura e eficaz”
Estudo clínico foi pausado depois de um dos voluntários ter desenvolvido uma reação considerada grave à vacina
atualizado
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O Ministério da Saúde se pronunciou, na noite desta terça-feira (8/9), sobre a pausa que a farmacêutica AstraZeneca está fazendo no estudo clínico da vacina de Oxford. Segundo o governo, já foram incluídos aproximadamente 18 mil participantes na pesquisa. “A pausa no estudo significa que não haverá inclusão, neste momento, de novos participantes. Entretanto, aqueles já incluídos seguem em acompanhamento para avaliação da segurança e eficácia”, afirma, em nota.
A vacina de Oxford é a principal esperança do governo brasileiro para controlar a epidemia de Covid-19: mesmo antes do fim dos testes clínicos, o país fechou a compra de 100 milhões de doses do imunizante, que deveriam ser entregues entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Em nota ao Metrópoles, a Fiocruz afirma que também foi informada oficialmente sobre a pausa no estudo. A entidade diz que “vai acompanhar os resultados das investigações sobre possível associação de efeito registrado com a vacina para se pronunciar oficialmente”.
A Fiocruz é a responsável, no Brasil, pelo estudo clínico e pela fabricação do imunizante, quando ele for aprovado pelos órgãos regulatórios do país.
A pausa da AstraZeneca aconteceu por conta de um voluntário no Reino Unido, que teria desenvolvido um efeito adverso sério por conta do imunizante. A empresa diz que está revisando os testes para verificar os dados de segurança, e que o procedimento é de rotina.
“Em testes aplicados em um grande grupo, doenças costumam aparecer, mas elas precisam ser investigadas com cuidado. Nós estamos estudando cada detalhe para tentar minimizar qualquer potencial impacto no calendário de testes. Nós estamos comprometidos com a segurança dos participantes e com os mais altos padrões de conduta de testes”, diz, em nota à CNN Internacional.