Saúde faz apelo à China por 30 milhões de doses da vacina Sinopharm
Em carta enviada ao embaixador chinês no Brasil, pasta reconhece que a campanha de vacinação contra a Covid-19 pode parar por falta de doses
atualizado
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O ministério da Saúde fez um apelo ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para que ajude na negociação sobre a compra de 30 milhões de doses da vacina BBIBP-CorV, fabricada na China pelo laboratório estatal Sinopharm.
O surgimento da cepa de Manaus (P1), que vem sendo chamada no mundo como variante brasileira, foi o principal argumento usado pelo secretário executivo da pasta, Antônio Elcio Franco Filho, para justificar a urgência na aquisição do imunizante chinês:
“O Brasil enfrenta, hoje, nova variante do coronavírus, conhecida como P1, que se vem mostrando infecciosa e capaz de evoluir em quadro clínico grave com rapidez”, afirma o documento.
Na carta, o nº 2 do Ministério da Saúde reconhece que a campanha de vacinação no Brasil pode ser interrompida por falta de doses, dada a escassez da oferta de imunizantes no mercado internacional, e pede que, se possível, a remessa das doses seja realizada ainda no primeiro semestre deste ano.
Eficácia
Dados divulgados pela farmacêutica estatal chinesa mostram que o imunizante apresentou 86% de eficácia contra a infecção provocada pelo novo coronavírus em estudos de fase 3 realizados nos Emirados Árabes. Os resultados indicaram que 99% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes contra a doença. Não foram registrados problemas de segurança graves.
O imunizante da Sinopharm usa a técnica do vírus inativado e já teve o uso emergencial aprovado na China, nos Emirados Árabes e na Argentina, entre outros países.