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Brasil perderá certificado internacional de país livre de sarampo

Ministério divulgou nota em que reconhece o registro de caso endêmico no Pará neste ano, confirmando que a doença não está mais eliminada

atualizado

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1 de 1 sarampo - Foto: IStock

O Ministério da Saúde enviou nesta terça-feira (19/03) um comunicado à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) sobre um caso de sarampo endêmico ocorrido no Pará em 23 de fevereiro deste ano. Com isso, o Brasil perderá a certificação de país livre da doença, pois a condição da OPAS para a manutenção do certificado é de que não haja vírus do mesmo tipo em circulação no território nacional pelo período de 12 meses.

O primeiro caso de transmissão endêmica (dentro de um mesmo território) de sarampo registrado no Brasil depois que o país havia obtido o certificado de eliminação do sarampo ocorreu em 19 de fevereiro de 2018 no Amazonas. A partir daí, dentro do período de um ano, não poderia ser registrado mais nenhum caso de transmissão endêmica no território nacional. Ao confirmar, a transmissão no Pará, o Ministério da Saúde admite para a OPAS que não faz mais jus ao certificado.

Ainda na terça (19/03), o Ministério da Saúde promete anunciou um plano para retomar o título dentro dos próximos 12 meses. A estratégia inclui propostas a serem debatidas no Congresso Nacional como a exigência, de maneira não impeditiva, do certificado em escolas e para ingresso no serviço militar, o monitoramento da imunização de famílias incluídas em programas de transferência de renda e a obrigatoriedade da vacinação para trabalhadores da área de saúde.

O ministro Luiz Henrique Mandetta também afirmou que pretende melhorar os sistemas de informação e monitoramento sobre imunização; ampliar as estratégias para adesão da população à vacinação e  acertar com estados e municípios estratégia de horários diferenciados, mais convenientes à população. O Ministério da Saúde ainda que fará uma campanha publicitária específica para estimular a vacinação contra o sarampo no Amazonas, Roraima e Pará, os três estados registram, desde o ano passado, transmissão ativa do vírus.

As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. A doença pode deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento pode levar à morte de crianças e adultos.

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