Saiba sobre a esclerose múltipla, doença que afeta Claudia Rodrigues
Cansaço em excesso, dores articulares, depressão, perda de visão parcial ou alteração na coordenação motora são alguns sintomas
atualizado
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A esclerose múltipla é uma doença neurológica, sem cura e autoimune. Isso significa que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões e inflamações cerebrais e medulares. Internada no Rio de Janeiro desde a quarta (20), a atriz Cláudia Rodrigues, famosa por papéis como o da diarista Marinete e o da socialite Ofélia no humorístico Zorra Total, sofre do mal há 19 anos.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que, atualmente, 35 mil brasileiros tenham a doença. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. Os sintomas incluem fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga, alteração no desejo sexual e também na coordenação motora. No mundo, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla estima que há pouco mais de 2 milhões de pessoas com a doença.
A esclerose múltipla geralmente aparece lentamente. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando leves sintomas, como pequenas turvações da visão ou alterações no controle da urina. No início, os sintomas aparecem com intervalos, o que dificulta o diagnóstico, pois os pacientes, muitas vezes, não acreditam que é necessário investigar o que está acontecendo.
Com a evolução do quadro, aparecem sintomas mais consistentes, como fraqueza, formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres. Pessoas com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de andar ou falar claramente. Os tratamentos que existem hoje ajudam a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para a doença.