Saiba quais são os 3 principais sintomas da síndrome de burnout
Doença é reconhecida pela OMS e pode ser confundida com depressão. Aumento do consumo de álcool e açúcar, além de exaustão, são sinais
atualizado
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Desde maio de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a síndrome de burnout uma doença. A “exaustão crônica”, como é chamada, é um reflexo dos tempos modernos e tem tudo a ver com a demanda cada vez maior por resultados no trabalho. O conceito, criado nos anos 1970 observando enfermeiros que cuidavam de dependentes químicos, faz referência a um pavio que queima até o final e é deixado sem energia para continuar. Segundo a OMS, 10% da população mundial sofre com o problema de saúde.
Os três principais sintomas da doença são sentimento de exaustão, distanciamento mental do trabalho e pior desempenho profissional. Segundo Siobhán Murray, autora do livro A Solução Burnout, em tradução livre, os sinais são muito semelhantes aos da depressão, e observar o aumento do consumo de álcool e açúcar, além de cansaço que não se resolve, pode ajudar a diferenciar as condições.
Murray aponta que, como qualquer doença, é importante procurar um médico ao notar os primeiros sintomas de burnout. O profissional é importante para definir o tratamento adequado — normalmente, se receitam medicamentos para depressão, enquanto o burnout é tratado com mudanças no estilo de vida.
A autora dá a dica: se você continua inquieto mesmo depois de terminar um trabalho, sente que sua contribuição teve pouco valor e que a qualidade do trabalho está caindo, além de evitar compromissos sociais, pode ter burnout.
“O estresse é importante, e a ansiedade é o que nos motiva a fazer o bem. Mas, quando estamos continuamente expostos ao estresse e à ansiedade, isso começa a se transformar em esgotamento”, diz a especialista. Outra forma de medir o esgotamento profissional é fazer o teste Maslach Burnout Inventory (MBI), um exame projetado para avaliar exaustão, cinismo e a imagem do próprio trabalho.
Como tratar
Alguns ajustes na rotina podem ajudar a lidar com a doença. Segundo Murray, ter um hobbie fora do trabalho, ou fazer algo gratificante, podem contornar o problema mas, em alguns casos, é necessário trocar de empresa ou até de profissão.
Com informações da BBC