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Saiba por que voluntários do DF esperam até 4h30 por vacina contra Covid-19

A partir da próxima semana, a UnB quer melhorar esse tempo para alcançar o mais rápido possível a previsão de até 40 atendimentos por dia

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Professor Gustavo Romero
1 de 1 Professor Gustavo Romero - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

Os cinco primeiros voluntários do DF a receberem a vacina contra Covid-19 da farmacêutica Sinovac Biotech passaram longas horas no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB-EBSERH), nessa quarta-feira (5/8). Cada pessoa levou, em média, 4h para concluir o ritual. Nesta quinta (6/8), os novos candidatos a receberem uma dose da imunização em teste chegaram cedo ao local e a expectativa do chefe do setor de gestão da pesquisa e inovação do HUB, Fernando Araújo, é que esse tempo seja reduzido para menos de 3h nos próximos dias.

A longa espera no momento inicial já era esperada. Os voluntários precisam passar por uma detalhada consulta médica com avaliação de sinais vitais, coleta de exames, teste rápido e coleta de amostra para a realização do RT-PCR (teste de detecção genômico do novo coronavírus). Por se tratar de uma experiência nova, o procedimento também serve de testes para os profissionais atuantes no projeto.

Os primeiros dias foram reservados para validar os fluxos criados, como o espaço e o treinamento com a equipe. “Estamos avaliando o processo de testes desses pacientes. Às vezes a gente precisa repetir algum processo e talvez isso tenha contribuído para um tempo mais longo. A tendência é que a gente otimize esse tempo e caia para menos de 3h por participante. Acredito que os atendimentos de hoje sejam mais rápidos porque eles já experimentaram as ferramentas, o sistema e vão ter mais facilidade”, afirma Fernando Araújo, ao Metrópoles.

A partir da próxima semana, as áreas de testes e de triagem serão ampliadas com um consultório a mais de atendimento médico e outros três equipamentos de teste sorológico e sanguíneos. “São tecnologias que vamos receber do Butantan que vão possibilitar que nós consigamos ter um tempo menor para cada participante. A partir da próxima semana nós teremos condições de incluir cerca de 20 participantes por dia”, explica.

Observação após a aplicação da vacina

Vale ressaltar que, depois de receber a injeção com a vacina ou dose de placebo, os voluntários precisam aguardar por mais uma hora para que os pesquisadores avaliem possíveis reações adversas como dor local ou tontura, por exemplo.

“No estudo clínico, na fase que estamos, como vamos incluir um número muito maior de pessoas em relação ao que foi feito nas fases 1 e 2, a gente vai conseguir perceber reações que muitas vezes não foram identificadas anteriormente. A chance da gente intensificar essas reações é maior. A gente precisa avaliar, documentar”, explica.

A partir da próxima semana, a UnB quer melhorar esse tempo para alcançar o mais rápido possível a previsão de até 40 atendimentos por dia. A previsão é que a fase de aplicação das doses seja concluída em até dois meses. 

Voluntárias chegam no segundo dia

O segundo dia de testes da vacina contra a Covid-19 começou cedo no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB-EBSERH), na Asa Norte. A primeira candidata chegou ao ambulatório 2 às 8h desta quinta-feira (6/7) para dar início à bateria de exames.

Outras duas profissionais de saúde do HUB, selecionadas para integrar a primeira etapa do ensaio clínico, chegaram logo depois, às 9h e às 10h. À tarde, outros dois candidatos comparecem ao local, completando os cinco voluntários do dia.

 

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Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal
Gabriel Ravazzi, 31 anos, foi o primeiro voluntário a tomar a vacina Coronavac
Vacina é comercializada irregularmente
A médica Larissa Bragança, de 33 anos, foi a terceira voluntária a receber a candidata à imunização
Ela trabalha na UTI do Hospital Universitário
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Gustavo Romero, professor da UnB, e Fernando Araújo, do HUB, responsáveis pelos testes da Coronavac no DF

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Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal

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Gabriel Ravazzi, 31 anos, foi o primeiro voluntário a tomar a vacina Coronavac

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Vacina é comercializada irregularmente

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A médica Larissa Bragança, de 33 anos, foi a terceira voluntária a receber a candidata à imunização

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Ela trabalha na UTI do Hospital Universitário

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Apenas as vacinas para uso de estudo clínico estão circulando no país

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Voluntários esperam pela testagem

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