Saiba o que fazer em caso de presenciar uma crise epilética
A epilepsia não é incapacitante, mas as pessoas que estão perto devem saber como agir para ajudar quem está em convulsão
atualizado
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A epilepsia é uma anomalia neurológica bastante comum. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 50 milhões de pessoas no mundo sofrem do mal. A doença é caracterizada pela ocorrência de crises que se repetem em intervalos variáveis. Os episódios são resultado de uma descarga anormal de neurônios no cérebro.
Estima-se que em 50% dos casos o motivo é desconhecido. A origem pode ser congênita, ou seja, desde o nascimento, ou adquirida por meio de traumatismos cranianos, infecções, uso excessivo de álcool e drogas, entre outros. A epilepsia não é uma doença transmissível.
Um dos tipos mais comuns de crise epiléptica é a convulsão, em que o paciente se debate bastante, apresenta salivação excessiva e pode, muitas vezes, morder a língua, urinar e defecar sem controle. “A manifestação clínica vai depender da área do cérebro geradora da atividade neuronal excessiva”, explica a neurologista Luciana Rodrigues, do Hospital Santa Paula, em São Paulo.
Na maioria dos casos, as crises epilépticas acontecem na primeira manifestação da doença ou em casos em que o paciente abandonou o tratamento, que é feito por medicação oral. “Infelizmente, ainda existe preconceito. Na maioria dos casos, o indivíduo é capaz de trabalhar e levar uma vida normal”, afirma.
Segundo a médica, pessoas que estão perto de um epilético devem saber agir em caso de crises. No entanto, episódios com duração maior que cinco minutos devem ser tratados como emergência médica, assim como quando se repetem em um intervalo de cinco minutos sem que o paciente recupere a consciência. Nesses casos, a recomendação é chamar imediatamente uma ambulância.
Confira algumas dicas:
Coloque a pessoa deitada e retire de perto objetos que possam machucar.
Deixe a pessoa se debater. Não segure, não dê tapas, não jogue água nem qualquer outra substância líquida.
Coloque uma almofada, travesseiro ou peças de roupas embaixo da cabeça da pessoa que está em crise para evitar que ela bata a cabeça.
Não insira objetos em sua boca, pois isso aumenta o risco de aspiração pelas vias aéreas superiores.
Tente levantar o queixo da pessoa para facilitar a passagem de ar e vire-a de lado para não correr o risco de engasgos com saliva ou sangue.
Se possível, afrouxe as roupas.