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Saiba como amenizar o desconforto dos olhos durante o período seco

Altas temperaturas e umidade abaixo de 10% podem facilitar o surgimento de problemas como conjuntivite, inflamações e olho seco

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Choja/ Getty Images
Imagem colorida de mulher pingando colírio em um dos olhos
1 de 1 Imagem colorida de mulher pingando colírio em um dos olhos - Foto: Choja/ Getty Images

Brasília completou 101 dias sem chuva nesta quinta-feira (11/09/2019). A estiagem não é desconfortável apenas para a pele ou para a respiração, mas também para os olhos. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para amenizar sintomas como ardência, vermelhidão, coceira e pálpebras pesadas, além de evitar problemas como conjuntivite, alergias e olho seco. Pessoas expostas à fumaça, poeira ou, até mesmo, ao ar condicionado por longos períodos são as que mais sofrem.

Ao primeiro sinal de ardência e vermelhidão nos olhos, é importante ir ao oftalmologista. O que parece um simples sintoma da seca pode, na verdade, ser uma alergia. “O paciente pode estar com uma inflamação, como a blefarite (inflamação nas bordas das pálpebras) ou a meibomite (inflamação semelhante a um terçol)”, descreve Jonathan Lake, diretor e médico do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Para quem usa lentes de contato, a seca é ainda mais incômoda. “As lentes de contato gelatinosas, por serem de conteúdo aquoso, tendem a sequestrar mais a umidade dos olhos, aumentando o ressecamento”, justifica Jonathan Lake. O médico afirma que usuários de lentes de contato devem ficar atentos a irritações oculares, que podem ser causadas por alergias ou até mesmo infecções.

O oftalmologista explica que, em tempos secos, uma medida comum para diminuir o desconforto são os colírios lubrificantes, popularmente chamados de lágrimas artificiais. Mas não adianta comprar qualquer um na farmácia. É indispensável procurar um especialista antes de fazer uso do medicamento, pois existem muitas versões do produto. “Cada tipo atende a um aspecto de reposição de alguma parte da lágrima”, detalha Jonathan Lake. “A lágrima tem vários componentes proteicos, aquosos e lipídicos. O médico escolhe o colírio dependendo da deficiência de cada paciente”, esclarece.

Escolher o colírio errado pode não só potencializar o olho seco como causar problemas graves de saúde. “Há colírios anti-inflamatórios com corticoide que podem induzir catarata e glaucoma, então é preciso tomar muito cuidado”, alerta Lake. “É importante evitar a automedicação, especialmente quando estamos falando dos olhos.”

O ideal são colírios sem conservantes, que agridem menos a superfície ocular e podem ser utilizados mais vezes ao dia. Se o incômodo estiver passando dos limites, uma alternativa é aplicar compressas de água gelada no local ou mesmo lavá-los com soro fisiológico. Géis oculares, que protegem por mais tempo, também são indicados.

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