Rússia diz que decisão da Anvisa de barrar Sputnik V é “política”
Na segunda-feira (26/4) agência negou pedido de importação, distribuição e aplicação do imunizante russo
atualizado
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Os fabricantes da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia para combater a Covid-19, criticaram a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de negar o pedido de importação do imunizante para o Brasil e atribuíram o fato a uma “decisão política”.
“Os atrasos da Anvisa na aprovação da Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência”, rebateram os produtores da vacina pelo Twitter. O posicionamento é do Instituto Gamaleya e do Fundo Russo de Investimento Direto.
Eles lembraram que, em março, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos admitiu ter pressionado o governo brasileiro para rejeitar a compra da vacina russa. A informação foi confirmada no relatório anual do governo norte-americano.
No momento em que a reunião acontecia, os desenvolvedores da vacina informaram ter compartilhado com a Anvisa mais documentos do que os solicitados pelas autoridades de 61 países onde a vacina tem o uso emergencial autorizado. Além da Rússia, Argentina, México, Paraguai e Hungria já aprovaram a Sputnik V.
“A Sputnik V compartilhou com a Anvisa todas as informações e documentações necessárias, muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países. Esperamos que a ciência, e não a pressão de outro país, seja usada para a tomada de decisão.”
Em entrevista coletiva na manhã desta terça (27/4), Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimento Direto, disse que a Anvisa é “antiprofissional e mentirosa”, lembrando que o imunizante já foi aceito em 62 países. “É muita injustiça e falta de profissionalismo da Anvisa lançar luz de incertezas contra o trabalho de 62 outras agências reguladoras que aprovaram a nossa vacina”, afirma.
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