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Ozempic: como deve ser a rotina de exercícios de quem toma remédio

O uso de remédios como o Ozempic deve ser combinado com dieta balanceada e prática de exercícios físicos. Saiba como organizar a rotina

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Duas pessoas se exercitam ao ar livre - Metrópoles
1 de 1 Duas pessoas se exercitam ao ar livre - Metrópoles - Foto: Getty Images

O uso de Ozempic, Wegovy, Mounjaro e similares pode levar a uma perda de peso média de 15 a 20%, por isso essas medicações são consideradas aliadas contra a obesidade.

Quando a indicação de uso desses remédios é feita, os pacientes precisam combinar o tratamento com uma alimentação balanceada e uma rotina de atividades físicas.

Caso não se alimentem adequadamente ou se exercitem sem continuidade, além de gordura, eles vão perder massa magra e podem acabar desenvolvendo um quadro chamado obesidade sarcopênica.

A obesidade sarcopênica é caracterizada pelo excesso de tecido adiposo (gordura) e pela falta de massa magra. O quadro é mais comum em pessoas idosas, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária e também em pacientes que passaram por rebote após um emagrecimento significativo. A condição agrava doenças e dificulta a perda de peso a médio e longo prazo.

O médico João Eduardo Salles, membro do Departamento de Doenças Associadas da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), explica que toda perda de peso, seja com dieta, medicamento ou cirurgia bariátrica, leva à diminuição da massa muscular.

Estima-se que, para cada quilo perdido, a pessoa perca 250 gramas de músculo. Por isso, uma alimentação planejada e a prática de exercícios físicos com foco no ganho de massa magra são fundamentais para manter o equilíbrio físico, especialmente para pacientes com obesidade.

“É importante entender que a perda de peso leva à perda de massa magra. É por isso que orientamos os pacientes a seguir uma dieta rica em proteínas e a praticar exercícios físicos resistidos, que desenvolvem a massa magra”, esclarece Salles.

Além disso, muitas vezes, os pacientes em tratamento também tendem a ter resistência à insulina, o que pode tornar a perda de massa muscular mais acentuada.

O médico Fábio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), acrescenta que, quando os pacientes param de usar o remédio ou, por algum motivo, relaxam no tratamento, eles podem ver o peso voltar a subir, com o ganho apenas de gordura e não de músculos.

“É imprescindível manter um planejamento nutricional associado a um treinamento focado em exercícios resistidos”, afirma Moura.

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente

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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias

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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos

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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono

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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes

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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida

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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor

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Como deve ser a rotina de exercícios físicos?

O ideal é que o paciente que está em tratamento com as medicações pratique pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana.

Para prevenir a perda da massa muscular, a rotina deve ser dividida em: exercícios resistidos – como a musculação – ao menos três vezes por semana e exercícios aeróbicos duas vezes por semana.

Com o passar do tempo, ao ficar mais acostumado ao exercício resistido, o paciente deve aumentar sua intensidade (carga). “Não adianta fazer supino com 10 quilos para sempre. Com o tempo e a orientação de profissionais de educação física, a carga pode ser aumentada gradativamente para que haja o ganho de massa muscular”, esclarece Salles.

Devido ao excesso de peso, algumas pessoas acabam sem disposição para praticar exercícios físicos ou sofrem com articulações sobrecarregadas. Essas pessoas precisam seguir uma rotina de treinos gradual e progressiva para evitar lesões.

“É uma prática que precisa ser mantida pelo resto da vida e não por apenas um, dois ou três meses”, enfatiza Moura.

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