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Roncar pode ser perigoso: saiba mais sobre a apneia obstrutiva do sono

Problema pode desencadear doenças cardíacas, pressão alta e depressão. Parceiros ajudam a reconhecer os sinais quando a condição existe

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Homem roncando
1 de 1 Homem roncando - Foto: Getty Images

Roncar à noite é muito comum. No entanto, o ruído pode ser um sinal de apneia obstrutiva do sono. Os sintomas da doença são cansaço excessivo, sonolência diurna, aceleração cardíaca ao acordar e falta de ar enquanto se dorme.

A apneia obstrutiva do sono é um transtorno comum e potencialmente grave. A respiração torna-se repetidamente bloqueada pelo relaxamento dos tecidos da faringe e da base da língua, limitando a quantidade de ar que atinge os pulmões.

Quando isso acontece, o paciente pode roncar alto ou causar ruídos sufocantes enquanto tenta respirar. Os episódios ocorrem algumas vezes por noite, ou nos casos mais graves, centenas de vezes.

O médico Sérgio Pontes Prado, especialista em sono, afirma que, fisiologicamente, todos nós podemos apresentar algumas apneias. Segundo ele, é necessários estar atento aos sinais para impedir que o problema evolua ou perdure durante um longo período.

“A partir do momento que o paciente se queixa de cansaço durante o dia, dor de cabeça matinal e sono não reparador, ele pode estar também com um distúrbio respiratório”, explica.

Muitas pessoas, senão a maioria, não têm ideia de que roncam. Elas também não sabem que param de respirar durante a noite, a menos que o bloqueio seja muito forte. Neste contexto, os parceiros costumam ser a chave para a identificação da apneia obstrutiva do sono.

Fatores de risco para o ronco

Estima-se que pelo menos 936 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de apneia obstrutiva do sono. Especialistas pontuam os fatores que influenciam no surgimento do problema:

  • Envelhecimento;
  • Obesidade;
  • Dormir de barriga para cima;
  • Consumir bebidas alcoólicas próximo ao horário do sono;
  • Uso de medicamentos com relaxante muscular;
  • Ter o queixo para trás.
  • Ter amígdalas e adenóides grandes.

“Os dois principais fatores de risco para ronco e apneia do sono, entretanto, são a obesidade e a obstrução das vias aéreas por causa de tecidos em excesso”, afirma Sérgio.

Prejuízos causados pela apneia do sono

De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, se não for tratada, a síndrome pode provocar hipertensão, doença cardíaca, diabetes tipo 2 ou depressão e, até mesmo, uma morte prematura.

A condição também interfere no bem estar, provocando cansaço, sonolência, irritação, dificuldade de raciocínio e perda de reflexo ao longo do dia.

O sono ruim desequilibra ainda a leptina — um dos hormônios responsáveis pela regulação da saciedade, o que pode fazer com que a pessoa passe a comer mais e engorde. O ideal é dormir de sete a oito horas, ininterruptas, todas as noites.

A falta de ar ou as pausas respiratórias durante o sono impulsionam o organismo a lançar mais adrenalina no sangue, aumentando a pressão arterial e a resistência à insulina, o que pode desencadear doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).

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