metropoles.com

Ritalina: remédio para TDAH pode ajudar a tratar Alzheimer, diz estudo

Revisão de 19 estudos feito por instituições britânicas mostra melhora em alguns sintomas da condição, como memória, linguagem e apatia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
haydenbird/GettyImages
Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles - Foto: haydenbird/GettyImages

Pesquisadores das universidades de Cambridge e London College, além do Imperial College London, todos no Reino Unido, fizeram uma revisão de 19 estudos que tratavam pacientes com Alzheimer e descobriram que medicamentos usados para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) (como a ritalina, por exemplo) podem aliviar os sintomas da demência.

Dados de cerca de 2 mil pacientes entre 65 e 80 anos foram alisados. Os indivíduos tiveram melhora “pequena mas significante” na cognição, memória, fluência verbal e linguagem. Os cientistas também perceberam diminuição considerável da apatia, um sintoma comum em idosos com Alzheimer.

A principal explicação para o sucesso dos medicamentos é que eles atuam lidando com a noradrenalina, uma substância ligada a uma rede de neurônios imprescindível para processos cognitivos.

O levantamento foi publicado na revista científica Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. O professor Mark Dallas, da Universidade de Reading, também na Inglaterra, foi um dos revisores do estudo. Segundo ele, a pesquisa é “uma provocação interessante de que drogas usadas para lidar com outras condições podem se unir à luta contra a demência”.

A chefe do instituto de pesquisa de Alzheimer do Reino Unido, Rosa Sancho, afirma que, apesar dos bons resultados, os estudos analisados variam em qualidade, e é difícil compará-los.

8 imagens
Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
2 de 8

Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

urbazon/ Getty Images
5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

OsakaWayne Studios/ Getty Images
6 de 8

Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

“Não podemos ter certeza ainda sobre quais efeitos os medicamentos podem ter no dia a dia de uma pessoa com Alzheimer, e não sabemos se os benefícios são maiores do que os riscos”, pondera. Os principais efeitos colaterais dos remédios contra o TDAH são perda de apetite e problemas para dormir, mas podem incluir ainda taquicardia e pressão alta.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?