Saiba riscos do remédio que levou esposa de Paulinho Vilhena ao vício
Maria Luiza Silveira, que é casada com ator, falou sobre o vício no medicamento no podcast Take Your Shoes Off, que foi ao ar na terça
atualizado
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A modelo e estudante de direito Maria Luiza Silveira, esposa do ator Paulinho Vilhena, viralizou nas redes sociais após falar abertamente sobre seu vício em Venvanse, remédio para tratar Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e compulsão alimentar.
“Falava com muito orgulho: É a melhor coisa do mundo”, revelou em entrevista ao podcast Take Your Shoes Off, que foi ao ar na última terça (12/12).
Durante a entrevista, Maria Luiza disse que deixou o vício com a ajuda do marido. O Venvanse tem como princípio ativo a anfetamina e é liberado para a venda sob prescrição no Brasil desde o ano de 2010.
O psiquiatra Fábio Aurélio Leite, do Hospital Santa Lúcia, aponta que o medicamento tem efeito psicoestimulante. “Ele aumenta a energia, o otimismo e a agitação psicomotora. O Venvanse é benéfico se for usado de acordo com a prescrição médica. Contudo, pode ser gatilho para paranoia grave, psicose ou bipolaridade em pessoas com predisposição para transtornos”, alerta.
O médico considera que o remédio é usado de forma irresponsável por pessoas que estudam para concurso ou que buscam melhorar o desempenho em provas. Essa forma de administração pode contribuir para o desenvolvimento da dependência química.
Quando o efeito estimulante da medicação passa, a fadiga vem com maior intensidade. Segundo o médico afirmou em entrevista ao Metrópoles, nesses casos, o indivíduo corre o risco de desenvolver o vício, pois sente vontade de uma nova dose para evitar o rebote.
“Atendi pessoas que usavam sete comprimidos de 70 mg por dia. O indivíduo foi internado com sobrecarga do fígado. A função hepática ficou comprometida. Além disso, ele se expôs aos riscos neurológicos do Venvanse”, afirma Leite.
Segundo o psiquiatra, algumas pessoas podem ainda ficar agressivas, irritadas ou aceleradas por causa do remédio. Os riscos variam de um paciente para o outro.
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