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As pessoas infectadas com a variante Ômicron do coronavírus têm menos probabilidade de desenvolver Covid longa, segundo mostra estudo feito no King’s College London, na Inglaterra, publicado nessa quinta-feira (16/6), na revista The Lancet.
Ao analisar dados de pacientes do Reino Unido armazenados no Zoe Covid Symptom Study, os pesquisadores descobriram que as chances de desenvolver a condição durante a atual onda da pandemia é de 20% a 50% menor em comparação com a onda de Delta.
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada
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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo
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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia
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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa
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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns
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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%
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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade
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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar
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Entre os 56.003 casos estudados durante o pico da Ômicron no Reino Unido, entre dezembro de 2021 e março de 2022, 4,5% pessoas relataram sintomas da Covid longa. Na onda anterior, entre junho a novembro de 2021, 10,8% dos 41.361 pacientes infectados não se recuperaram completamente.
Os valores variaram de acordo com a idade dos pacientes e o momento em que eles tomaram a última dose das vacinas e não comparou indivíduos vacinados e não vacinados.
Este é o primeiro estudo a mostrar que a variante Ômicron representa risco menor de desenvolvimento de sequelas, que envolvem fadiga prolongada, falta de ar, dores musculares, dores articulares, perda de olfato e paladar e confusão mental, por exemplo. No entanto, os pesquisadores advertem que o risco ainda existe.
“É uma boa notícia, mas, por favor, não desative qualquer um de seus cuidados contra a Covid”, disse a principal autora do estudo, Claire Steves, em entrevista à agência à Reuters.
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