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Risco de morte súbita para bebê aumenta se grávida fuma e bebe

Pesquisa verificou que filhos de mulheres que não abandonaram vícios durante a gestação tinham 12 vezes mais chances de falecerem no 1º ano

atualizado

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Maternidade, bebê, getty
1 de 1 Maternidade, bebê, getty - Foto: Getty Images

Uma pesquisa feita no Avera Health Center for Pediatric & Community Research, dos Estados Unidos, mostrou que a morte de recém-nascidos pela chamada síndrome da morte súbita infantil (SMSL) é 12 vezes mais comum em bebês que são filhos de mães que beberam e fumaram nos três primeiros meses de gravidez.

Os pesquisadores acompanharam 12 mil grávidas moradoras dos Estados Unidos e da África do Sul. Nesse universo, 66 perderam bebês no primeiro ano de vida: sendo que 28 mortes foram causadas pela síndrome e 38 por motivos ainda não esclarecidos.

O autor do trabalho, Amy Elliot, afirma que tanto as exposições ao álcool e ao tabaco, mesmo que aconteçam dentro do útero e apenas no início da gestação, elevam substancialmente o risco de morte súbita entre os recém-nascidos. A recomendação é que se pensem em políticas públicas para que as mulheres planejem engravidar e abandonem hábitos ruins, se esse for o caso.

Os resultados mostraram risco cinco vezes maior para crianças cujas mães abandonaram o álcool mas continuaram fumando no primeiro trimestre de gravidez quando comparados aos recém-nascidos cujas mães não tinham vícios. Já na situação contrária, quando as mães deixaram de fumar mas continuaram bebendo durante os três primeiros meses de gravidez, o risco foi quatro vezes maior.

A “morte do berço“, como a síndrome também é conhecida, caracteriza-se por uma morte repentina sem explicação mesmo depois da autópsia, que pode acontecer no primeiro ano de vida. No Brasil, não existem estatísticas oficiais sobre a incidência, no entanto, nos Estados Unidos, ela representa a terceira causa de mortalidade infantil.

Múltiplas hipóteses foram propostas para explicar a morte súbita infantil, e a exposição ao fumo já é um conhecido fator de risco. O trabalho apresentado é o primeiro, entretanto, a analisar os perigos da exposição ainda no útero.

Para prevenir a morte súbita infantil, algumas indicações são: não expor as crianças ao fumo; não colocá-las para compartilhar a mesma cama com os pais; durante o sono, usar uma superfície firme para apoiar o bebê; nunca utilizar cobertores, travesseiros e almofadas no berço, e, se possível, promover o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida.

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