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Risco de AVC aumenta na menopausa. Saiba o que fazer para prevenir

Médicas recomendam que a prevenção de fatores de risco das doenças cardiovasculares comecem ainda na adolescência

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Mulher de cabelos grisalhos e menina se olham enquanto praticam yoga em sala - Metrópoles
1 de 1 Mulher de cabelos grisalhos e menina se olham enquanto praticam yoga em sala - Metrópoles - Foto: Getty Images

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de homens e mulheres em todo o mundo. Para as mulheres, o risco aumenta após a menopausa, quando a produção do hormônio estrogênio cai, elevando as chances de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto, por exemplo.

Cuidar da saúde do coração desde a juventude, com hábitos de vida saudáveis, é apontado por médicos como uma estratégia fundamental para minimizar o risco de doenças cardiovasculares na menopausa.

Estudos sugerem que esse cuidado seja iniciado ainda na adolescência, quando começam as variações hormonais femininas. No Brasil, a idade média da primeira menstruação é aos 12,4 anos.

Dados apresentados na nova Diretriz Brasileira sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa mostram que a idade da menarca, especialmente a precoce (antes dos 12 anos), pode influenciar no risco cardiovascular.

“É quando a mulher passa a ser plenamente capacitada para ficar grávida. Se ela se cuidar desde então, estará se preparando para passar pela menopausa com mais saúde”, esclarece a médica Gláucia Maria Moraes De Oliveira, presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).c).

Maior risco cardiovascular na menopausa

A menopausa marca o fim do período reprodutivo da mulher, com a interrupção das menstruações ocorrendo entre os 45 e os 55 anos. Nessa fase, ocorre a queda da produção do hormônio estrogênio que, até então, tinha como uma das funções proteger o coração.

Por isso, quando o estrogênio cai, o risco de doenças cardíacas como AVC e infarto aumentam. “A mulher tem fatores de risco tradicionais comuns aos homens para doenças do coração, como hipertensão, dislipidemia, tabagismo e obesidade. O problema é que as consequências de todos eles são maiores para elas”, afirma Oliveira.

De acordo com a médica, as mulheres que fumam têm um risco 15% maior de ter doença isquêmica em comparação com homens tabagistas.

Além dos fatores de risco tradicionais, as mulheres ainda precisam lidar com fatores de risco cardiovascular adicionais, como a menarca precoce, síndrome dos ovários policísticos, menopausa precoce e uso de contraceptivos hormonais.

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento 
A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher
O fogacho é um dos  principais sintomas da menopausa
Perda de volume e olheiras também são sinais clássicos do envelhecimento cutâneo
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A menopausa é caracteizada pelo desquilíbrio hormonal no organismo das mulheres

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no   Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento 

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A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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Perda de volume e olheiras também são sinais clássicos do envelhecimento cutâneo

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Prevenção de doenças cardíacas na menopausa

A prevenção de problemas no coração na menopausa, ainda na juventude, é feita principalmente com mudanças do estilo de vida, como:

Prática de atividade física regular
O ideal é praticar no mínimo 150 minutos de atividade física moderada por semana.

De acordo com a nutróloga Jennifer Emerick, especialista em reposição hormonal, a atividade física controla os níveis de colesterol — aumentando o HDL (conhecido como HDL) e reduzindo o ruim (LDL) — e de triglicerídeos.

“O corpo foi feito para se mexer. A melhor atividade física é aquela que o paciente gosta e vai se comprometer em fazer”, esclarece a nutróloga Jennifer Emerick, especialista em reposição hormonal.

Alimentação
Ter uma alimentação rica em fibras, vegetais e frutas é essencial para reduzir a inflamação do corpo e proteger o coração.

“A alimentação é ainda mais importante do que a atividade física. A partir do momento que comemos alimentos ricos em fibras, vegetais, peixes, nozes, sementes e alimentos com muito ômega 3, eles ajudam a reduzir a inflamação das artérias, protegendo o nosso coração”, explica a nutróloga.

De acordo com a médica, esses alimentos diminuem os triglicerídeos, as partículas de gordura que entopem as artérias, gerando as placas de ateroma que, quando fecham artérias, levam ao infarto.

Controle do peso
A obesidade está relacionada à maioria das doenças crônicas do adulto e também às doenças cardiovasculares como infarto e AVC, aponta Emerick.

Não fumar
O cigarro é um dos maiores vilões para a saúde do coração e dos vasos sanguíneos. Não fumar ou parar de fumar reduz significativamente o risco de infarto e de AVC, além de melhorar a qualidade de vida como um todo.

Evitar bebidas alcóolicas
O álcool inflama o corpo e está associado a doenças do coração. Por isso, assim como o cigarro, ele deve ser evitado.

Controlar o estresse
O estresse crônico pode levar ao aumento da pressão arterial e prejudicar a saúde do coração. Praticar técnicas como meditação e yoga desde jovem ajuda a reduzir os níveis de estresse, promovendo uma sensação de bem-estar para o corpo todo.

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