1 de 1 Imagem colorida de duas mulheres se abraçando enquanto riem em campo verde aberto - Metrópoles
- Foto: Getty Images
Rir é o melhor remédio. Gargalhar pode, por exemplo, fazer bem à saúde do coração ao aumentar o fluxo sanguíneo pelo corpo, de acordo com um estudo brasileiro apresentado na reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Amsterdã, no último domingo (27/8).
A pesquisa reuniu 26 adultos com idade média de 64 anos diagnosticados com doença arterial coronariana. “Nosso estudo descobriu que a terapia do riso aumentou a capacidade funcional do sistema cardiovascular”, afirma o médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Marco Saffi, autor principal do estudo.
A doença arterial coronariana é causada pelo acúmulo de material gorduroso nas paredes das artérias que fornecem sangue ao coração. Os participantes foram acompanhados durante três meses e divididos em dois grupos.
O primeiro assistia a dois programas de comédia com uma hora de duração por semana, incluindo comédias populares. A outra metade assistia a dois documentários com assuntos sérios, que abordavam temas políticos e sobre o meio ambiente.
Ao término do período de estudo, o grupo que assistiu às comédias experimentou um aprimoramento de 10% em um teste destinado a medir a capacidade do coração de bombear oxigênio por todo o corpo.
“O riso beneficia o coração ao liberar endorfinas, que reduzem a inflamação e promovem o relaxamento do coração e dos vasos sanguíneos. Além disso, diminui os níveis de hormônios do estresse, que exercem pressão sobre o sistema cardiovascular”, afirma o médico.
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas
Amoon Ra/Unsplash
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
iStock
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição
Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos
iStock
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
iStock
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Dieta vegetariana Um pouco menos rígida que a vegana, a dieta vegetariana exclui apenas carne animal do cardápio (que normalmente é substituída por tofu ou grão de bico). Segundo pesquisas, os adeptos deste tipo de alimentação costumam consumir menos calorias do que carnívoros, e os alimentos são, em geral, mais saudáveis
iStock
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Dieta Anti-inflamatória do Dr. Weil Criada pelo médico Andrew Weil, a dieta tem consumo de 2 mil a 3 mil calorias, dependendo do sexo do paciente e pretende dar preferência a alimentos anti-inflamatórios. 40% a 50% da dieta é composta por carboidratos (de baixo índice glicêmico), 30% de gorduras e 20% a 30% de proteínas, em um esquema semelhante ao da dieta Mediterrânea
Além de melhorar o bombeamento, observou-se uma melhoria no índice de expansão das artérias. O grupo demonstrou um desempenho superior também no transporte sanguíneo.
Foram conduzidos ainda exames de sangue para verificar biomarcadores inflamatórios que fornecem indícios sobre a quantidade de placa acumulada nas paredes dos vasos sanguíneos e o risco potencial de eventos cardíacos ou derrames.
Os resultados indicaram uma redução significativa desses marcadores inflamatórios quando comparados ao grupo de controle. “A inflamação é uma parte substancial do processo de aterosclerose, no qual as placas se acumulam nas artérias. A terapia do riso poderia ser incorporada em instituições de saúde para pacientes com risco de problemas cardíacos”, sugere o médico.
Busque formas de rir
Saffi enfatiza que os programas de comédia não necessariamente precisam ser centrados na televisão. Ele sugere que os pacientes assistam a shows de stand-up ao vivo ou sejam encorajados a sair e desfrutar de momentos alegres com amigos e familiares para desencadear risadas genuínas.
“As pessoas deveriam se esforçar para se envolver em atividades que as façam rir pelo menos duas vezes por semana”, destaca Saffi.
Apesar dos resultados positivos, os pesquisadores reconhecem a necessidade de realizar mais estudos para obter conclusões mais sólidas. No entanto, o brasileiro mantém uma visão otimista e acredita que, em um futuro próximo, o riso poderá contribuir para a redução da dependência de medicamentos.
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