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Rio Grande do Sul investiga dois casos suspeitos de variante Delta

Os pacientes foram identificados em Gramado e em Santana do Livramento. A variante se tornou uma preocupação global nos últimos meses

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1 de 1 O coronavírus - Foto: NIAID/Flickr

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul anunciou nessa segunda-feira (12/7) que vai enviar à Fiocruz, no Rio, amostras de dois prováveis casos identificados no estado da variante Delta do novo coronavírus. É a primeira vez que casos suspeitos dessa linhagem do vírus, identificada originalmente na Índia, são observados no Rio Grande do Sul, afirma comunicado da Secretaria da Saúde do Estado.

De secreção de naso-faringe, as amostras já passaram por testes preliminares no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT). Mas eles não são considerados conclusivos.

Os testes que vêm sendo aplicados pela Secretaria da Saúde indicam apenas se determinada amostra é uma provável variante de preocupação (VOC, da sigla em inglês) com base na identificação genes específicos que são diferentes entre os tipos de vírus.

Na Fiocruz, as amostras serão submetidas a exames mais detalhados para confirmação ou não da variante Delta. O material passará por um sequenciamento genômico, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica a linhagem de cada amostra com precisão.

Os casos suspeitos, de acordo com a Secretaria, referem-se a um morador de Gramado e outro de Santana do Livramento. Além desses dois casos de prováveis Delta, três possíveis casos da variante Alfa, identificada originalmente no Reino Unido, foram identificados e estão em investigação para confirmação.

Na última quinta-feira (7/7), o governo de São Paulo afirmou que a variante Delta já é autóctone no estado. Ou seja, ela já está circulando em pessoas que não tiveram histórico de viagem, nem contato com alguém que tenha viajado no período recente.

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

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Por que a variante Delta gera preocupação?

A preocupação com a rápida disseminação da variante Delta vem forçando um número crescente de países a impor novamente medidas restritivas mais rigorosas na tentativa de impedir que uma nova onda da Covid-19 atrapalhe os esforços globais para conter a pandemia e a retomada da normalidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa circula por 104 países.

Detectada pela primeira vez em fevereiro na Índia, a variante Delta se tornou uma preocupação global nos últimos meses. Devido à acelerada transmissibilidade, a cepa gera temores de sobrecarga nos sistemas de saúde e ameaça reverter planos de reabertura mundo afora.

Responsável por 91% dos casos no Reino Unido e 96% em Portugal, a variante também avança na Alemanha, França e Espanha, de acordo com uma análise do Financial Times do fim do mês passado. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aponta que a cepa é responsável por 10% dos casos no País. A B.1.617.2, nome original da variante, também está presente na Oceania e África.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio, classificou a Delta e suas sublinhas como “variantes de preocupação”. A designação significa que uma variante pode ser mais transmissível ou causar doenças mais graves, não responder ao tratamento, evitar a resposta imune ou não ser diagnosticada por testes padrão.

Especialistas atrelam a variante à onda de infecções que abalou a Índia no primeiro semestre. No pior dia da pandemia no País, a Índia chegou a concentrar 49% dos infectados e 28% dos óbitos do mundo em 24h, foram 3.980 mortes.

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