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Rinite, gripe e asma: saiba como fugir dos espirros durante o outono

Doenças respiratórias ficam mais frequentes quando há queda de temperatura e de umidade, mas é possível prevenir seus sintomas

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Foto colorida de mulher resfriada na cama assoando o nariz - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher resfriada na cama assoando o nariz - Metrópoles - Foto: Getty Images

O outono começou oficialmente em março, mas os efeitos de um tempo mais seco e frio ainda serão observados na saúde. Com a secura esperada para os próximos meses e a umidade relativa do ar abaixo dos 30%, as doenças respiratórias ficam mais frequentes. Porém, é possível chegar até o próximo verão sem ter adoecido adotando hábitos simples.

A combinação das oscilações de temperatura e do ar mais seco desta estação formam o cenário perfeito para o desenvolvimento de doenças respiratórias. Quando o ar está menos úmido, a concentração de poluentes na atmosfera aumenta. Além disso, as vias respiratórias também se secam e ficam mais suscetíveis à penetração de poluentes e vírus.

No outono é sempre igual

Sabe quem adora a combinação de ar carregado e vias respiratórias enfraquecidas? Os vírus de transmissão respiratória.

“Além do vírus influenza, que nos causa a gripe, outros microrganismos se aproveitam deste contexto, tais como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus, entre outros”, afirma a médica Maria Cândida Rizzo, membro do departamento científico de rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Estes vírus são responsáveis por doenças como o resfriado comum, a bronquite e, em casos mais graves, podem levar à pneumonia. Crianças e idosos são mais suscetíveis ao contágio e, por isso, são os alvos principais das campanhas de vacinação tanto do coronavírus quanto da gripe. “Na criança, há uma imaturidade imunológica proporcional à pouca idade. Já no idoso, as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes”, detalha Rizzo.

Crises de doenças alérgicas

Pessoas que vivem com rinite e asma também têm tendência a enfrentar quadros mais graves de crises durante o outono. A rinite, que atinge 26% das crianças brasileiras, é caracterizada pela corisa e coceira no nariz e nos olhos. A vermelhidão do rosto e a obstrução nasal também fazem parte do cotidiano de pessoas com a condição durante o período seco.

O outono também pode dificultar a vida de quem vive com asma. A doença inflamatória crônica das vias respiratórias acomete cerca de 10% da população brasileira e é intensificada por diversos fatores, como poeira, mofo, pólen e infecções respiratórias por vírus.

Prevenir antes de remediar

Para prevenir as infecções comuns do período, Rizzo explica que o primeiro de tudo é manter a carteira de vacinação atualizada. Pessoas que podem se vacinar contra a gripe e que estão devendo doses de reforço do imunizante contra a Covid-19 devem buscar os postos de saúde antes que a seca do período aumente a incidência dessas doenças.

Como a maioria dos vírus oportunistas do outono são respiratórios, para prevení-los vale a adoção de medidas semelhantes às que tomamos contra o coronavírus no auge da pandemia. “Devemos evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas”, sustenta a médica. Também é importante lavar as mãos ou higienizá-las com álcool gel com frequência.

Além disso, pessoas com sintomas de doença respiratória devem usar máscaras para evitar contaminar os outros. Ao tossir, a indicação é utilizar o antebraço ou um lenço descartável para evitar que o vírus se dissemine pelo ar.

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