Como funciona medicação promissora para tratamento do Alzheimer
Donanemabe é fabricado pela farmacêutica Eli Lilly. Medicação retardou o avanço do Alzheimer em pacientes com declínio cognitivo leve
atualizado
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Um comitê de especialistas independentes convocados pela Food and Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), votou por unanimidade na segunda-feira (10/6) pela aprovação do donanemabe, medicação experimental contra o Alzheimer.
A doença de Alzheimer não tem cura e não há tratamento ou modificação no estilo de vida que possa restaurar a perda de memória ou reverter o declínio cognitivo. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe retardou modestamente o declínio cognitivo em pacientes nos estágios iniciais da doença.
Ainda que o medicamento tenha apresentou riscos de segurança significativos, incluindo inchaço e sangramento no cérebro, os consultores afirmaram que as consequências da doença de Alzheimer são tão terríveis que, mesmo benefícios modestos, justificam a utilização da medicação. O FDA, responsável pelo registro da medicação, geralmente segue os conselhos de seus comitês consultivos.
O medicamento pretende retardar o início do Alzheimer atacando os aglomerados de proteína amilóide do cérebro. O ensaio clínico realizado pela farmacêutica incluiu 1.736 pacientes com Alzheimer leve, de 60 a 85 anos. A droga experimental retardou a progressão da doença em 60% deles.
Metade dos pacientes conseguiu interromper o tratamento após um ano, pois já tinham eliminado os depósitos da proteína no cérebro.
Um outro medicamentos foi aprovado recentemente para o Alzheimer: o Leqembi. Fabricado pela Eisai e pela Biogen, a medicação foi aprovada no ano passado, com riscos e benefícios considerados modestos, em um entendimento semelhante ao que agora foi seguido para o donanemabe.
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