metropoles.com

Remédio para artrite reduz risco de morte por Covid em 37%, diz estudo

Medicamento da Pfizer foi testado no Brasil por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein. Estudo envolveu 289 pacientes internados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Myke Sena/Esp. Metrópoles
remédios em fundo azul
1 de 1 remédios em fundo azul - Foto: Myke Sena/Esp. Metrópoles

Um medicamento oral desenvolvido pela Pfizer para tratar artrite reumatóide é capaz de reduzir em 37% o risco de morte ou falência respiratória em pacientes internados com pneumonia associada à Covid-19, segundo um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine.

A pesquisa com o tofacitinibe – vendido pelo nome comercial Xeljanz – foi realizada no Brasil, por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein, com 289 pacientes de 15 hospitais parceiros. Os resultados mostram a queda de agravamento e risco de morte em relação aos pacientes que tomaram placebo.

A medicação demonstrou um impacto na tempestade de citocinas, uma reação exacerbada do sistema imunológico para combater a infecções que pode afetar o funcionamento de órgãos vitais. Esta complicação agrava o estado de saúde do paciente da Covid-19 e pode levá-lo à morte.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que, se ao tratar um paciente da Covid-19 e pneumonia com com o tofacitinibe nos primeiros três dias de internação fosse possível evitar que o quadro clínico dele piorasse, era plausível reduzir o risco de morte ou falência respiratória.

Desde outubro, todos os pacientes receberam o tratamento padrão, com as medidas de suporte recomendadas – cerca de 90% estavam sendo tratados com corticoides. Além disso, metade recebeu tofacitanibe e a outra metade um placebo para comparação. Houve uma redução de 37% no risco de morte ou de falência respiratória entre os pacientes que receberam a droga em estudo ao longo de 28 dias.

Eventos adversos graves foram observados em 20 pacientes tratados com o fármaco em comparação com 17 pacientes com placebo.

“Uma coisa interessante é que funcionou com os tratamentos convencionais. Outros estudos foram feitos com imunomodulador. A diferença desse é que o benefício ocorre em cima do corticoide. O resultado é muito motivante e positivo. E neste estudo, a medicação foi muito segura. Os eventos adversos graves foram semelhantes ao do grupo placebo”, disse Otávio Berwanger, diretor da Academic Research Organization (ARO) do Einstein, à agência Estado.

Não é um novo tratamento

Embora o resultado seja animador, Berwanger destaca que isso não significa que se trata de um novo tratamento para combater a Covid-19 ou que qualquer paciente pode tomá-lo.

“A medicação foi utilizada em pacientes que não tinham contra-indicações, na dose correta, com acompanhamento diário dos pesquisadores e em ambiente controlado e no hospital”.

O Xeljanz pertence a uma classe de medicamentos chamados inibidores das Janus Associated Kinases (JAK) e também é indicado para o tratamento da colite ulcerosa, uma doença autoimune. O remédio não tem autorização ou aprovação para uso no tratamento de Covid-19 em qualquer país. (Com informações de agências de notícias)

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

6 imagens
1 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
2 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
3 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
4 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
5 de 6

Yanka Romao/Metrópoles
6 de 6

Yanka Romao/Metrópoles

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?