Remédio evita o ganho de peso em ratos que comem dieta rica em gordura
Medicamento experimental testado em ratos ajudou no emagrecimento e controle do colesterol e glicose em animais com dieta com muita gordura
atualizado
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O processo de emagrecimento é complicado, e depende de uma série de fatores para que se alcance o objetivo. Porém, cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, criaram um remédio experimental capaz de acelerar o metabolismo e impedir o ganho de quilos extras mesmo em indivíduos que seguem dietas ricas em açúcar e gordura.
O medicamento foi testado em camundongos e impede que o magnésio seja levado para as mitocôndrias das células, organelas responsáveis pela respiração celular. Sem o magnésio, elas se mantêm em um ritmo de trabalho mais acelerado, impedindo que os animais engordem.
“Quando damos essa droga aos camundongos por um curto período de tempo, eles começam a perder peso. Todos eles emagreceram”, afirma o professor de medicina Madesh Muniswamy, líder do estudo, em um comunicado publicado no site da universidade.
O estudo foi publicado na revista científica Cell Reports em fevereiro de 2023. Para testar os efeitos, os médicos criaram dois grupos com 16 ratos. Um passou por uma dieta muito calórica, outro por uma dieta saudável — dentro de cada um desses grupos, alguns ratinhos receberam o supressor de magnésio.
Dentro do peso, apesar da dieta com gordura
Os ratos em regime gorduroso ganharam 25 gramas ao longo de 30 semanas, o dobro do peso que tinham no início do estudo. Os que fizeram a dieta mais saudável ganharam apenas 5 gramas, o mesmo acúmulo de peso dos animais em dieta hiper-calórica, mas que tomaram o remédio.
Eles não tiverem aumento de colesterol ou de níveis de açúcar no sangue, evitando a formação de quadros de diabetes e aterosclerose. O estudo mostra que o fígado dos animais que tomaram o medicamento permaneceu preservado.
Entre os que fizeram a dieta saudável e tomaram o remédio, houve uma diferença de apenas 1 g a menos. Isso indica que o emagrecimento proporcionado não é uma ameaça de desnutrição aos ratinhos que se alimentam sem gorduras e açúcar em excesso.
“Essas descobertas são o resultado de vários anos de trabalho. Um medicamento que pode reduzir o risco de doenças cardiometabólicas, como ataque cardíaco e derrame, e também reduzir a incidência de câncer de fígado, que pode ocorrer após a doença hepática gordurosa, terá um grande impacto. Vamos continuar o seu desenvolvimento”, conclui Muniswamy.
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