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Remédio da Janssen é aposta na cura de casos graves de câncer pulmonar

Já autorizada pela Anvisa, a inclusão do medicamento no tratamento de pacientes em estágio avançado ou metástase aumentam a sobrevida em 55%

atualizado

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cancer de pulmão
1 de 1 cancer de pulmão - Foto: iStock

A promessa da cura do câncer de pulmão em casos mais graves pode estar próxima. Um novo medicamento desenvolvido pela farmacêutica Janssen conseguiu a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que fosse incluído nos protocolos de tratamento de tumor em estágio avançado ou em metástase — quando se espalhou por outras partes do corpo.

O medicamento, que bloqueia a ação de células que causam o tumor, aumentou em até 55% a sobrevida em pacientes com câncer de pulmão que já estão na fase final da doença. A substância age em um subtipo de tumor, com uma mutação específica no gene chamado EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico), que é um dos mais difíceis de serem tratados.

De acordo com o diretor de Oncologia e Hematologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, William Nassib William Junior, a descoberta do novo medicamento melhora o prognóstico e o tratamento mais humanizado da doença.

“A medicina está ficando muito precisa nos diagnósticos do câncer de pulmão. Damos’nomes’, ‘sobrenomes’ e identificamos características bem específicas do tumor, para então usarmos um medicamento específico. É o que chamamos de medicina de precisão. Agora podemos escolher o tratamento mais adequado para o paciente baseado em suas características pessoais”, ressaltou o médico William Junio.

O especialista afirmou ainda que o uso de remédios específicos, que bloqueiam as células do câncer de pulmão, torna o tratamento mais certeiro e eficaz.

“A terapia-alvo bloqueia especificamente a molécula defeituosa, produzindo impacto contra a célula do câncer com menos efeito colateral, com resultado normalmente mais favorável e bem diferente da quimioterapia, que é uma medicação mais genérica “, explicou Nassib.

Diagnóstico tardio

Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pulmão é um dos que mais mata no Brasil. Só no ano passado, mais de 29 mil pessoas morreram em decorrência da doença. O número de casos de tumores pulmonares representa 25% do total de todos os tipos de câncer.

A alta letalidade, segundo a pesquisa, é resultado do diagnóstico tardio. As pessoas costumam ignorar sintomas como tosse persistente, catarro com sangue e falta de ar e acabam não procurando orientação médica. Quando esses sintomas aparecem é sinal de que a doença já está avançada ou já sofreu metástase.

O diagnóstico do tumor pulmonar é feito por meio de exames de imagem, como raio-x e tomografia computadorizada do tórax. Para identificar o câncer, é realizada a biopsia e um exame molecular que identificam o desenvolvimento da doença.

Os médicos afirmam que a principal causa de câncer no pulmão é o tabagismo e, para evitar a doença, a recomendação é não fumar e manter distância de quem fuma. Quando identificado precocemente, as chances de cura são maiores. Por isso, fumantes e ex-fumantes devem começar a rastrear a doença a partir dos 50 anos.

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