Ao adotar um medicamento novo, a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão agressivo pode ser multiplicada até por sete segundo uma pesquisa apresentada nos Estados Unidos na sexta-feira (31/5).
Esta linha de tratamento para o câncer de pulmão foi divulgada durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, em inglês).
Em 5 anos fazendo o tratamento com lorlatonibe, 60% dos pacientes conseguiram parar a progressão de seus tumores, efeito conseguido em apenas 8% do crizotinibe, tratamento que é apontado como o segundo melhor para tumores mais agressivos.
Os resultados deixaram os oncologistas ainda mais animados por não terem sido observados indicativos que o remédio havia parado de funcionar com os pacientes da pesquisa, ou seja, a sobrevida pode ser ainda maior.
Como funciona o tratamento para o câncer de pulmão?
O lorlatinibe já tem sido usado ao redor do mundo desde 2020, quando foi aprovado, mas não é considerado o tratamento padrão em quase nenhum caso, já que os médicos não tinham ainda números que mostrassem o impacto do tratamento em um estudo de longa duração.
O estudo envolveu 296 pessoas com câncer de pulmão de células grandes e avançado, todos com uma mutação do gene ALK. Esta é uma forma agressiva da doença que muitas vezes causa metástase no cérebro.
Nenhum paciente que fez uso deste remédio teve avanço do câncer para o cérebro, como foram observados nos exames periódicos feitos a cada oito semanas.
Desenvolvido pela Pfizer, o remédio tem um alto custo (R$ 30 mil a caixa), mas é celebrado pelos médicos por ser o melhor tratamento já pesquisado para um tumor de pulmão.
Além de benefício significativo na sobrevida, o remédio foi bem tolerado pela maioria dos pacientes: apenas 11% dos pacientes tiveram de deixar o tratamento por efeitos do imunoterápico.
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos
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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir
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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar
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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo
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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo
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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença
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