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“Facas na uretra”: veja relatos impressionantes de quem teve mpox

Pacientes infectados com o vírus mpox usam as redes sociais para contar como passaram pelos sintomas da doença que volta a se espalhar

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Foto colorida de profissional de saúde usando luvas segurando tubos de amostra rotulados como 'Varíola dos Macacos" mpox - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de profissional de saúde usando luvas segurando tubos de amostra rotulados como 'Varíola dos Macacos" mpox - Metrópoles - Foto: Getty Images

A mpox voltou a ser motivo de preocupação global depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como uma emergência de saúde internacional.

A apreensão das autoridades é que a nova variante do vírus, o clado Ib, se espalhe da mesma forma que o clado 2 se disseminou em 2022.

Em entrevista à rede NBC, dos Estados Unidos, o enfermeiro Mark Hall, de Nova York, descreveu que a infecção pelo vírus causa dores semelhantes a de ter facas tentando sair de dentro da pele da uretra. “Parece que mil facas em chamas estão tentando sair da minha uretra ao mesmo tempo”, disse.

Também à NBC, o jovem Rob Short disse quase ter desmaiado de tanta dor. “É a merda mais dolorosa que você vai ter na vida”.

Morador de NY, Luke Brown, de 29 anos, contou que se tornou ativista após ser diagnosticado com a doença em 2022. “Fiz um exame de pele e notei minha primeira lesão. Na manhã seguinte, estava no consultório do meu médico e pedi para ele coletar uma amostra da lesão. Esperei dois dias pelo resultado, durante os quais desenvolvi os outros sintomas: febre, dores no corpo, calafrios e suores. Poucos dias depois, obtive os resultados positivos do teste de varíola. E então, bum, logo depois disso, tive uma segunda explosão de lesões — como estrelas no céu — por todo o meu corpo”, contou o rapaz à revista Time em 2022.

Luke lembrou ter sentido uma dor excruciante, a pior dor da vida dele — mesmo tendo passado por algumas cirurgias antes e um acidente de carro. “Fiz cirurgia de sinusite quatro vezes. Tirei dentes do siso. Tive Covid-19 e mononucleose. Quebrei minha mão, e a dor não era nada parecida com isso. Os médicos me deram medicamentos, mas nada sequer diminuiu a dor”, afirmou.

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas

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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia

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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses

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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi

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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose

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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas

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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Mpox

A mpox, anteriormente conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos, é transmitida entre pessoas através do contato direto com a pele infectada, segundo alerta a OMS.

Isso pode ocorrer durante o contato cara a cara (falando ou respirando), beijo, contato pele a pele (toque ou relação sexual) ou boca-pele (sexo oral ou beijo na pele). Gotículas respiratórias ou aerossóis de curto alcance também transmitem o vírus.

“O vírus entra no corpo através de pele com feridas, superfícies mucosas (oral, faríngea, ocular, genital, anorretal) ou via trato respiratório. A mpox pode se espalhar para outros membros da família e para parceiros sexuais”, detalhou a OMS em comunicado à imprensa.

Sintomas de mpox

Os primeiros sinais e sintomas da mpox costumam aparecer dentro de uma semana após o contato com o vírus.

Os sintomas geralmente duram de duas a quatro semanas e incluem:

  • Irritação na pele;
  • Erupção cutânea dolorosa
  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Dor nas costas;
  • Baixa energia;
  • Gânglios linfáticos inchados.

Como são as feridas da mpox?

A erupção começa como uma ferida plana que se desenvolve em uma bolha com pus, causando coceira e dor. Com o passar dos dias, conforme a erupção cicatriza, as lesões secam, formam crostas e caem.

As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo. Algumas pessoas têm apenas uma ou algumas erupções, enquanto outras desenvolvem centenas nas palmas das mãos e solas dos pés, rosto, boca, garganta, virilha, áreas genitais e ânus.

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