Pesquisadores conseguem rejuvenescer cérebro de camundongos. Entenda
Pesquisadores americanos e australianos descobriram como restaurar índices de memória e aprendizado com o estímulo de uma proteína
atualizado
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Uma pesquisa realizada por médicos e químicos das Universidades de San Francisco (EUA) e de Queensland (Austrália) descobriu uma maneira de rejuvenescer o cérebro de camundongos.
Eles comprovaram que tanto aplicações do hormônio anti-envelhecimento klotho, como infusões de sangue jovem e também uma rotina de exercícios físicos são capazes de melhorar o funcionamento do cérebro em ratos idosos.
Segundo o trabalho publicado na revista Nature na quarta-feira (16/8), o segredo para esse rejuvenescimento cerebral está em uma proteína que circula mais intensamente no sangue nos três casos, o fator plaquetário 4 (FP4). Para os cientistas, ele é o segredo da receita anti-envelhecimento cerebral.
O uso do FP4 pode reduzir décadas de declínio cognitivo, segundo o autor principal do artigo, Saul Villeda, diretor do Instituto de Pesquisa contra o Envelhecimento da Universidade de San Francisco, em entrevista ao site da instituição. “Estamos pegando camundongos de 22 meses de idade, equivalentes a um ser humano com 70 anos, e o FP4 está trazendo-os de volta para os níveis neurais que tinham no início dos 40 anos”, celebra Villeda.
O FP4 é um dos fatores plaquetários responsáveis por coagular o sangue. São nove substâncias envolvidas neste processo e cada uma desempenha uma função específica. Para os pesquisadores, o FP4 acaba atuando como um estimulante neural.
“Ao entender o FP4, estamos mais próximos de falar a língua do rejuvenescimento. Ele leva o cérebro a ter menos inflamação, mais plasticidade e, eventualmente, mais cognição”, explica o especialista.
Qual impacto do FP4 no rejuvenescimento?
Mesmo cérebros jovens tiveram melhores resultados, especialmente de memória, com as injeções do hormônio klotho, um estimulador de FP4, no cérebro. As inflamações que comprometiam o funcionamento do órgão praticamente desapareceram.
Os pesquisadores pretendem, agora, entender se os impactos do crescimento deste fator de coagulação se repetiriam em humanos da mesma maneira que em camundongos.
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