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Reino Unido tem 7 mortes e 30 casos de coágulo sanguíneo pós-vacina

Agência reguladora britânica solicita que população continue a se vacinar, pois benefícios da imunização superam riscos

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imagem de um coágulo
1 de 1 imagem de um coágulo - Foto: BSIP/Universal Images Group via Getty Images

Após divulgar, na sexta-feira (2/4), que sete pessoas morreram em decorrência de coágulos sanguíneos desenvolvidos após a aplicação da vacina Oxford/AstraZeneca, a Agência Reguladora de Medicamentos e Saúde do Reino Unido (MHRA) reforçou, neste sábado (3/4), que os benefícios da imunização “continuam a superar quaisquer riscos” e pediu à população que continue a se vacinar.

A agência também admitiu que, além das mortes, foram notificados outros 30 casos de coágulos em pessoas vacinadas, mas afirma que ainda não é possível estabelecer uma relação de causa entre os coágulos e a fórmula do imunizante. O órgão garantiu que uma “revisão rigorosa dos relatórios do Reino Unido sobre tipos raros e específicos de coágulos sanguíneos está em andamento”. Não foram divulgadas informações sobre as idades ou condições de saúde das pessoas que faleceram.

Os 30 casos de coágulo sanguíneo foram identificados entre um total de 18,1 milhões de doses de AstraZeneca administradas até 24 de março, segundo a MHRA. Por isso, a agência afirmou que o risco é “muito pequeno”.

Preocupações com a vacina Oxford/AstraZeneca levaram alguns países, como Canadá, França, Alemanha e Holanda, a restringir o uso da fórmula. A Organização Mundial da Saúde (OMS), entretanto, vem adotando posição semelhante à MHRA, afirmando que os benefícios da vacinação superam os riscos.

O que são coágulos sanguíneos? 
Os coágulos sanguíneos se formam por conta de problemas no sistema circulatório dos pacientes. O problema é relativamente comum e administrável com medicamentos. Em alguns casos, no entanto, os coágulos se desprendem, caem na corrente sanguínea dos pacientes e podem chegar aos pulmões, provocando, assim, embolia pulmonar.

Dois estudos recentes – um da Noruega e outro da Alemanha – sugerem que, em casos muito raros, o imunizante poderia desencadear um ataque do organismo às plaquetas do sangue. Para compensar as células perdidas, o corpo produziria uma quantidade exagerada de plaquetas, tornando o sangue mais espesso e, consequentemente, criando os coágulos.

Outras investigações buscam traçar um perfil dos pacientes que registraram o sintoma e, neste caso, a hipótese é que o uso de anticoncepcionais e o tabagismo sejam fatores de risco.

 

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